Produção de veículos cai e arrasta a cadeia de fornecedores
No ano, 90% dos produtos da atividade de veículos tiveram sua fabricação reduzida, o que resultou numa retração de 16,8% na atividade
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 13h20.
Rio - A atividade de veículos prejudicou o resultado da indústria brasileira em 2014 não apenas por ter reduzido a sua própria produção, mas também pelo encadeamento que possui com outras atividades fornecedoras de insumos, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
No ano, 90% dos produtos da atividade de veículos tiveram sua fabricação reduzida, o que resultou numa retração de 16,8% na atividade, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal.
"A atividade de veículos tem um peso bastante significativo dentro do setor industrial, mas também pelo encadeamento que ela tem com outras atividades. Ela pesa entre 10% e 11% na indústria. Mas se buscar as interações que ela tem com outras atividades, esse peso é muito maior", ressaltou Macedo.
Entre os segmentos que fornecem produtos para a indústria automotiva estão borracha e plástico, metalurgia, máquinas e materiais elétricos, outros produtos químicos, entre outros.
A menor produção de caminhões afetou o resultado da categoria de bens de capital, que fechou o ano com queda de 9,6%. Já a redução na fabricação de automóveis prejudicou a categoria de bens de consumo duráveis, que caiu 9,2% no período, o pior resultado da série histórica da pesquisa, cuja série anual começou em 2003.
Macedo lembra que o ano nas linhas de montagem foi marcado por paradas na produção, menores jornadas de trabalho, demissões e trabalhadores em regimes de lay-off, num esforço para redução de estoques.
"Esse movimento (de queda) de veículos é algo constante ao longo de 2014, que ocorre com velocidade maior a partir do segundo semestre", apontou o pesquisador do IBGE.
Outros fatores que prejudicaram o setor foram as menores importações para parceiros comerciais importantes, sobretudo a Argentina, além da redução da demanda doméstica, a maior restrição e o encarecimento do crédito, e o elevado endividamento das famílias.
"Esses fatores explicam muito esse comportamento de queda ao longo de 2014", explicou Macedo.
Já a menor produção de caminhões tem relação com o baixo nível de confiança dos empresários. "A reboque, a parte de autopeças acaba caindo junto com a produção dos bens finais dessa atividade", completou ele.
Em 2013, a atividade de veículos tinha registrado crescimento de 9,6%.
Rio - A atividade de veículos prejudicou o resultado da indústria brasileira em 2014 não apenas por ter reduzido a sua própria produção, mas também pelo encadeamento que possui com outras atividades fornecedoras de insumos, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
No ano, 90% dos produtos da atividade de veículos tiveram sua fabricação reduzida, o que resultou numa retração de 16,8% na atividade, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal.
"A atividade de veículos tem um peso bastante significativo dentro do setor industrial, mas também pelo encadeamento que ela tem com outras atividades. Ela pesa entre 10% e 11% na indústria. Mas se buscar as interações que ela tem com outras atividades, esse peso é muito maior", ressaltou Macedo.
Entre os segmentos que fornecem produtos para a indústria automotiva estão borracha e plástico, metalurgia, máquinas e materiais elétricos, outros produtos químicos, entre outros.
A menor produção de caminhões afetou o resultado da categoria de bens de capital, que fechou o ano com queda de 9,6%. Já a redução na fabricação de automóveis prejudicou a categoria de bens de consumo duráveis, que caiu 9,2% no período, o pior resultado da série histórica da pesquisa, cuja série anual começou em 2003.
Macedo lembra que o ano nas linhas de montagem foi marcado por paradas na produção, menores jornadas de trabalho, demissões e trabalhadores em regimes de lay-off, num esforço para redução de estoques.
"Esse movimento (de queda) de veículos é algo constante ao longo de 2014, que ocorre com velocidade maior a partir do segundo semestre", apontou o pesquisador do IBGE.
Outros fatores que prejudicaram o setor foram as menores importações para parceiros comerciais importantes, sobretudo a Argentina, além da redução da demanda doméstica, a maior restrição e o encarecimento do crédito, e o elevado endividamento das famílias.
"Esses fatores explicam muito esse comportamento de queda ao longo de 2014", explicou Macedo.
Já a menor produção de caminhões tem relação com o baixo nível de confiança dos empresários. "A reboque, a parte de autopeças acaba caindo junto com a produção dos bens finais dessa atividade", completou ele.
Em 2013, a atividade de veículos tinha registrado crescimento de 9,6%.