Xangai - A produção de minério de ferro da China caiu 15,9 por cento em abril, ante o ano anterior, para 104,1 milhões de toneladas, informou o escritório nacional de estatísticas nesta quinta-feira, após várias pequenas mineradoras serem forçadas a fechar, devido ao colapso nos preços do minério.
A produção nos quatro primeiros meses atingiu 384,17 milhões de toneladas, uma queda de 11,8 por cento, apontaram os dados do escritório nacional de estatísticas.
Muitas das pequenas mineradoras têm custos que chegam a 100 dólares por tonelada e não poderiam sobreviver em um cenário de queda no consumo de aço na China e de expansão contínua das maiores produtoras de minério de ferro na Austrália e no Brasil, que contribuíram para derrubar os preços a 46,70 dólares em abril, o menor patamar em uma década.
Cerca de 90 milhões de toneladas de produção de minério de ferro de alto custo precisaram deixar o mercado em 2014 até o primeiro trimestre de 2015, segundo estimativa de Alan Chirgwin, vice-presidente da BHP para a comercialização.
Chirgwin disse que o fornecimento de minério pode subir entre 100 milhões e 110 milhões de toneladas neste ano, enquanto a demanda deve crescer apenas entre 30 milhões e 40 milhões.
O preço do ferro se recuperou em um terço da mínima registrada em abril e foi negociado em torno 62 dólares por tonelada nesta semana.
- 1. Produção de baixo custo apenas na China é coisa do passado
1 /11(Getty Images)
São Paulo – Estudo produzido pela consultoria
KPMG afirma que pensar na China como o lugar ideal para se terceirizar a produção é coisa do passado. O país já começa a abandonar sua posição de fabricante de itens de baixo custo. Nick Debnam, responsável pela divisão de Mercado Consumidor para Ásia e Pacífico da KPMG, afirma que é possível observar dispersão da produção de alguns itens, antes concentrada na China. “Um dos exemplos é a confecção de calçados, deslocada para o Vietnã e a Indonésia”, diz. Por enquanto, a China continua líder na manufatura de bens de menor valor. Nenhum país da região consegue igualar sua escala de produção e raros são os que apresentam uma infraestrutura com chances de competir. Entretanto, além dos salários no país terem aumentado, e os custos de produção, crescido, há também o fato de que a média de idade da população economicamente ativa da China vem aumentando. O estudo aponta 10 países do sul e do sudeste asiático que, por terem média salarial mais baixa, incentivos para atrair fábricas estrangeiras e uma força de trabalho mais jovem, são promissores candidatos a se tornarem a próxima China dentro de poucas décadas. Veja nas fotos ao lado quais são estes países.
2. Bangladesh 2 /11(Wikimedia Commons)
As exportações de países como Bangladesh aumentaram e começam a chamar a atenção. O país se destaca pelo baixo custo para se construir e operar uma fábrica, tornando-o atrativo para empresas estrangeiras. Bangladesh, segundo a KPMG, é um dos únicos países capazes de alcançar o mesmo desempenho em exportação, sobretudo de têxteis, da China.
População | 164 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
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PIB (dólares) | 105,4 bilhões |
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Acordos comerciais | Ásia-Pacífico, Sul da Ásia |
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Exportações | UE (51,2%), EUA (25,7%), India (4%), Canada (3,5%), China (1,7%) |
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3. Camboja 3 /11(Wikimedia Commons)
Acordos comerciais importantes impulsionaram as exportações do Camboja para a União Europeia nos últimos anos. No país, a manufatura já corresponde a 15% do PIB. O Camboja tem diversos atrativos para empresas estrangeiras, mas um dos destaques é a idade média de sua população economicamente ativa, que é de 22 anos, 12 a menos do que na China.
População | 14 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 22 anos |
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PIB (dólares) | 11,4 bilhões |
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Acordos comerciais | Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coréia do Sul e China |
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Exportações | EUA (45,2%), Hong Kong (19,3%), UE (17,4%), Canadá (6,7%), Vietnã (3,9%) |
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4. Índia 4 /11(Wikimedia Commons)
A participação da Índia nas exportações mundiais vem crescendo desde 2009. O país concentra esforços na produção itens como os de vestuário, que são um dos destaques, e móveis. A Índia combina baixo custo de instalação de fábricas e média salarial inferior à da região a um abundante contingente de mão-de-obra.
População | 1,1 bilhão de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
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PIB (dólares) | 1,4 trilhão |
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Acordos comerciais | Sul da Ásia, Mercosul, Afeganistão, Butão, Chile, Coreia do Sul, Nepal, Cingapura e Sri Lanka |
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Exportações | UE (20,5%), Emirados Árabes (14,4%), EUA (10,8%), China (5,9%), Hong Kong (4%) |
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5. Indonésia 5 /11(Wikimedia Commons)
Além de Bangladesh, a Indonésia é o único outro país em condições de ter um desempenho nas exportações parecido com o Chinês, segundo o estudo da KPMG. A venda de calçados do país para o exterior subiu 42% em 2010, e este é apenas um dos exemplos. O país atrai empresas estrangeiras por ter mão de obra abundante e baixo custo, tanto de logística, quanto para instalar uma fábrica.
População | 233 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 28 anos |
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PIB (dólares) | 695 bilhões |
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Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
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Exportações | Japão (15,9%), UE (11,7%), China (9,9%), EUA (9,3%), Cingapura (8,8%) |
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6. Malásia 6 /11(Wikimedia Commons)
Mais de 25% do PIB da Malásia já corresponde à manufatura. O país, de acordo com o estudo da KPMG, tem fortes fatores competitivos na indústria têxtil. O principal deles é a mão de obra, “fortemente especializada”. Outro destaque do país é sua infraestrutura portuária. Um de seus portos para contêineres está entre os 50 melhores do mundo e compete com os da China.
População | 28 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 26 anos |
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PIB (dólares) | 219 bilhões |
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Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
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Exportações | Cingapura (14%), China (12,2%), EUA (11%), UE (10,9%), Japão (9,8%) |
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7. Paquistão 7 /11(Getty Images)
Os custos da mão de obra são uma das boas razões para se investir em fábricas no Paquistão, segundo o estudo da KPMG. Além disso, o país tem a força de trabalho mais jovem da região: 21 anos, em média, 13 a menos do que na China. No Paquistão, 17% do PIB corresponde à manufatura.
População | 173 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 21 anos |
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PIB (dólares) | 174,8 bilhões |
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Acordos comerciais | Sul da Ásia, China, Irã, Malásia, Ilhas Maurício, Sri Lanka |
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Exportações | UE (24,6%), EUA (18,3%), Emirados Árabes (8,8%), Afeganistão (7,8%), China (5,7%) |
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8. Sri Lanka 8 /11(Wikimedia Commons)
O Sri Lanka já conta com importantes acordos comerciais para exportação. Atualmente, 36,9% de tudo que o país vende para fora vai para a União Europeia. Outros 23% vão para os Estados Unidos. O país conta com um importante porto para contêineres, o 29º maior do mundo, segundo o estudo da KPMG.
População | 20 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 31 anos |
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PIB (dólares) | 48,2 bilhões |
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Acordos comerciais | Sul da Ásia, Ásia-Pacífico, Índia, Paquistão |
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Exportações | União Europeia (36,9%), EUA (23,1%), Índia (5,1%), Emirados Árabes (3,1%), Rússia (2,7%) |
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9. Tailândia 9 /11(Wikimedia Commons)
A Tailândia se destaca, dentre outras áreas, pela produção de componentes de equipamentos eletrônicos para exportar à China. O país firmou tratados comerciais com países do sudeste asiático, China e Japão. E tem a União Europeia como principal destino de suas exportações (11,9%, segundo o estudo da KPMG).
População | 68 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 33 anos |
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PIB (dólares) | 312,6 bilhões |
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Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Laos, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
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Exportações | UE (11,9%), EUA (10,9%), China (10,6%), Japão (10,3%), Hong Kong (6,2%)
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10. Filipinas 10 /11(Wikimedia Commons)
Países “mais jovens e baratos” como as Filipinas são bons para atrair investimentos, segundo aponta o relatório da consultoria KPMG. As ilhas têm importantes acordos comerciais com o sudeste da Ásia, além da Nova Zelândia, Austrália, Índia, Japão, Coreia do Sul e China. A União Europeia é o principal destino das exportações das Filipinas, ficando com 20,7% do que é vendido ao exterior.
População | 94 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 23 anos |
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PIB (dólares) | 189,1 bilhões |
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Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
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Exportações | UE (20,7%), EUA (17,7%), Japão (16,2%), Hong Kong (8,4%), China (7,6%) |
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11. Vietnã 11 /11(Wikimedia Commons)
O Vietnã é um dos principais países produtores de calçados da região. O país tem ainda uma das mais baratas forças de trabalho, assim como baixos custos para instalação de fábricas. Além disso, a escala da produção vietnamita tem aumentado “dramaticamente”, segundo a KPMG, à medida que a infraestrutura do país se desenvolve rapidamente.
População | 88 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 29 anos |
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PIB (dólares) | 102 bilhões |
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Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
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Exportações | EUA (19%), UE (17,4%), Japão (13,5%), China (7,7%), Austrália (6,9%) |
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