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Presidente do PSDB reafirma candidatura Serra

Num encontro com líderes empresariais em Comandatuba (BA) realizado na última sexta-feira (9/05), o presidente do PSDB, José Anibal, reafirmou com todas as letras que o senador José Serra continua sendo o candidato preferido do partido para a sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Anibal fez as seguintes declarações: Sobre a confiança do PSDB na […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

Num encontro com líderes empresariais em Comandatuba (BA) realizado na última sexta-feira (9/05), o presidente do PSDB, José Anibal, reafirmou com todas as letras que o senador José Serra continua sendo o candidato preferido do partido para a sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Anibal fez as seguintes declarações:

Sobre a confiança do PSDB na candidatura de José Serra

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Não tem nenhuma hipótese de o partido trocar de candidatura. Não há força política mobilizada ou querendo se mobilizar dentro do PSDB para provocar essa mudança. O senador José Serra é o candidato do PSDB. Ponto! É o candidato de todo o partido, do Acre ao Rio Grande do Sul. Pode ser que haja alguma divergência aqui e acolá, mas isso não influencia rigorosamente nossa decisão, que é fazer a sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso com o senador José Serra. E dessa decisão, que tem sido reafirmada por todas as lideranças do partido, o PSDB não se afastará em nenhuma hipótese.

A briga com os adversários deve esquentar

O eleitor está distante da disputa. Sua motivação é quase nula. Ele só se posiciona na medida em que é mobilizado, demandado. Não estamos parados. Temos vários movimentos em curso. Passadas as convenções, queremos ter uma campanha mais afirmativa e desafiadora. O PT quis fazer de suas administrações estaduais e municipais uma vitrine para a campanha. A situação hoje é um desastre. O PT tem o pior governador e a pior administração de uma capital no Brasil. A campanha do Lula hoje é apenas um marketing bem feito. Eles não tocam, a não ser através de generalidades, em questões de natureza administrativa. Tudo isso nós vamos trabalhar firmemente.

O PT e a crise na Argentina

Isso é resultado de governos que não souberam decidir e não tiveram capacidade de enfrentar resistências. Esse tipo de coisa deve aparecer muito na campanha. A meu ver, o fracasso das administrações petistas resulta do fato de, na prática de governo, fazerem o jogo de soma zero. Não conseguem estabelecer prioridades e impor hierarquia numa situação em que todo o mundo tem razão.

Sobre o caminho do crescimento

Não tem outro caminho. Ou voce faz o país crescer... Se o Brasil crescer 5% com estabilidade, com contas públicas organizadas, metade daquilo que nos preocupa aqui estará resolvido. A questão é chegar lá com responsabilidade. Não dá para andar para trás como carangueijo.

Sobre a construção de alianças

Não se ganha uma eleição sozinho e principalmente não se governa sozinho. O PSDB está numa situação que nunca experimentou antes: temos 16 candidatos a governador. Com isso, nossa capacidade de articular forças políticas e sociais cresceu muito em diferentes estados do país. O partido, a exceção da Bahia, criou capilaridade, o que é extraordinário. Do ponto de vista das alianças políticas, apesar de o PFL ter tomado a decisão de não ter candidato próprio para presidente nem se coligar nacionalmente, vamos ampliar esses entendimentos com o partido. Depois do dia 6 de junho, que é a data para confirmar essa decisão, acreditamos que o PFL estará propenso a fazer coligações conosco. O PFL, do ponto de vista do executivo, está enfraquecido. Possui apenas quatro candidatos a governadores -- na Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí. Mas deve ter uma bancada forte de deputados e senadores. Não temos resistência alguma a ampliar nosso leque de apoio. Vamos buscar também entendimentos com o PMDB. Isso é fundamental para as disputas estaduais e para a sustentação da candidatura presidencial.

Sobre as dificuldades enfrentadas por Serra para subir nas pesquisas

A candidatura natural era Mário Covas. Serra é uma pessoa difícil, o que torna mais complicada a situação. Ele pode não ser uma pessoa muito simpática, mas é muito competente. A capacidade de resistência e a determinação não só do candidato, mas hoje eu entendo também do partido, do presidente e de suas principais lideranças, sem dúvida nenhuma nos dão um horizonte.

Sobre o quadro pessimista do Brasil na ótica do investidor estrangeiro

Tenho conversado com economistas chefes de bancos, que são os seres mais sensoriais que conheço. Procuro entender como eles operam. No fundo acabam fazendo a profecia que se auto-realiza. Não vou compartilhar de nenhum terrorismo quanto à decisão do eleitor.

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