Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda: "economia do Japão está avançando de forma consistente na direção de uma recuperação desde que adotamos nosso afrouxamento monetário" (Bogdan Cristel/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 09h34.
Tóquio - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou nesta quinta-feira que o estímulo monetário promovido pela entidade teve sucesso e que a economia está no caminho de uma recuperação estável com sinais de que as expectativas de inflação estão aumentando.
Falando em uma reunião trimestral de gerentes de braços regionais do BC, Kuroda reiterou o compromisso da entidade de manter sua política ultrafrouxa até que a meta de 2 por cento de inflação seja alcançada de maneira estável.
"A economia do Japão está avançando de forma consistente na direção de uma recuperação desde que adotamos nosso afrouxamento monetário qualitativo e quantitativo em abril", disse Kuroda.
"Estamos vendo o efeito de nossas políticas, como indicadores sugerindo aumento nas expectativas de inflação." Em relatório trimestral divulgado após a reunião, o BC revisou para cima sua avaliação para oito das nove regiões japonesas, sinal de que os efeitos positivos das políticas do primeiro-ministro Shinzo Abe estão se ampliando.
Foi a primeira vez em quase quatro anos que o banco central revisou para cima sua avaliação para oito ou mais regiões por dois trimestres seguidos.
Membros do BC estão cada vez mais convencidos de que a economia está no caminho para cumprir a projeção do BC de recuperação moderada por volta de meados do ano, o que será o pano de fundo para a reunião de política monetária do BC na próxima semana.
A expectativa é de que o BC não adote nenhuma medida nova ao revisar a taxa de juros na próxima semana e que eleve sua avaliação da economia, disseram fontes familiares ao assunto, devido às crescentes evidências de que a fraqueza do iene e as políticas reflacionárias do governo estão dando suporte às exportações e ao consumo privado.
A economia do Japão cresceu a uma taxa anualizada de 4,1 por cento no primeiro trimestre.