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Presidente do BC da Turquia ignora premiê para salvar lira

Na manhã de terça-feira, ele encarou a manchete de primeira página "Mantenha-se firme, não faça o aumento" em jornal voltado ao governo

Erdem Basci: presidente do BC arriscou provocar a ira do primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, elevando as taxas de juros de maneira dramática em decisão que levou a lira para o maior salto em cinco anos (Unit Baktas/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 09h55.

Istambul - Dividido entre um primeiro-ministro contra o aumento da taxa de juros e mercados pedindo a alta, o presidente do banco central turco, Erdem Basci, optou por uma elevação audaciosa nas taxas que surpreendeu investidores.

Na manhã de terça-feira, ele encarou a manchete de primeira página "Mantenha-se firme, não faça o aumento" no jornal voltado ao governo Yeni Safak, antes de reunião emergencial de política, convocada diante da queda da lira para mínimas sem precedentes.

Algumas horas depois, ele calmamente respondeu às perguntas de analistas internacionais e da imprensa, insistindo que o banco central possui os recursos e a estratégia para superar o maior surto de volatilidade nos mercados turcos em uma década.

E pouco tempo depois disso Basci, de 47 anos, arriscou provocar a ira do primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, elevando as taxas de juros de maneira dramática em decisão que levou a lira para o maior salto em cinco anos e estimulou a esperança de investidores de que um ciclo de vendas nos mercados emergentes pode ter sido interrompido.

O governo de Erdogan tem condenado as altas de juros como uma forma de ceder ao "lobby de taxas de juros" de investidores estrangeiros, além de ser prejudicial ao crescimento econômico, criando um clima político no qual aqueles que pedem aumentos de taxas acabam se sentindo como inimigos do Estado.

Mas na quarta-feira Basci foi elogiado pela ação audaciosa que pode ter evitado um efeito dominó nos mercados emergentes.

"A resposta da política monetária à grave instabilidade financeira foi vigorosa, agressiva e crível; foi um trabalho impressionante", disse o economista do Société Générale Benoit Anne.

Vários jornais turcos usaram fotos de Basci olhando determinadamente, com seus punhos cerrados, embora um jornal governista tenha adotado uma linha mais crítica prevendo que a economia vai cair num atoleiro.

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Istambul - Dividido entre um primeiro-ministro contra o aumento da taxa de juros e mercados pedindo a alta, o presidente do banco central turco, Erdem Basci, optou por uma elevação audaciosa nas taxas que surpreendeu investidores.

Na manhã de terça-feira, ele encarou a manchete de primeira página "Mantenha-se firme, não faça o aumento" no jornal voltado ao governo Yeni Safak, antes de reunião emergencial de política, convocada diante da queda da lira para mínimas sem precedentes.

Algumas horas depois, ele calmamente respondeu às perguntas de analistas internacionais e da imprensa, insistindo que o banco central possui os recursos e a estratégia para superar o maior surto de volatilidade nos mercados turcos em uma década.

E pouco tempo depois disso Basci, de 47 anos, arriscou provocar a ira do primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, elevando as taxas de juros de maneira dramática em decisão que levou a lira para o maior salto em cinco anos e estimulou a esperança de investidores de que um ciclo de vendas nos mercados emergentes pode ter sido interrompido.

O governo de Erdogan tem condenado as altas de juros como uma forma de ceder ao "lobby de taxas de juros" de investidores estrangeiros, além de ser prejudicial ao crescimento econômico, criando um clima político no qual aqueles que pedem aumentos de taxas acabam se sentindo como inimigos do Estado.

Mas na quarta-feira Basci foi elogiado pela ação audaciosa que pode ter evitado um efeito dominó nos mercados emergentes.

"A resposta da política monetária à grave instabilidade financeira foi vigorosa, agressiva e crível; foi um trabalho impressionante", disse o economista do Société Générale Benoit Anne.

Vários jornais turcos usaram fotos de Basci olhando determinadamente, com seus punhos cerrados, embora um jornal governista tenha adotado uma linha mais crítica prevendo que a economia vai cair num atoleiro.

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