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Presidente argentino diz que diálogo por reestruturação de dívida continua

O prazo tinha se encerrado ontem. Segundo o presidente, o progresso da reestruturação da dívida foi analisado nesta manhã com o ministro da Economia

Fernández: presidente anunciou que prazo para pagamento aos credores foi estendido (Ricardo Ceppi/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de maio de 2020 às 15h24.

Última atualização em 11 de maio de 2020 às 10h18.

O presidente da Argentina , Alberto Fernández, disse neste sábado que as negociações com credores para reestruturar 65 bilhões de dólares da dívida externa do país continuam, diante de uma falta de acordo sobre o resultado final da oferta.

Fernández, um peronista de centro-esquerda, tuitou que ele e o ministro da Economia, Martín Guzmán, continuam "dialogando de boa fé" com os credores com o objetivo de chegar a um acordo tolerável, depois que o prazo para aceitar a oferta inicial do governo expirou na sexta-feira.

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"A possibilidade de estender a oferta continua vigente até segunda-feira, 11 de maio. Quando esse prazo expirar, definiremos os próximos passos. Como sempre, nosso objetivo é assumir compromissos que possamos cumprir", afirmou Fernández em sua conta no Twitter.

Fernández disse anteriormente à rádio local que poderia haver contraofertas dos credores nos próximos dias. No entanto, ele indicou que é improvável que sua posição mude muito.

"Sou muito firme no que propusemos", afirmou o presidente à rádio Futurock, acrescentando que estava lidando com "personagens muito únicos do mundo das finanças".

"Desta vez, temos uma espécie de aval do principal auditor das finanças mundiais, que é o Fundo (Monetário Internacional)", acrescentou.

Fernández e Guzmán, que participaram de um café da manhã de trabalho neste sábado, propuseram em abril aos credores um corte de 62% na taxa de juros, um período de carência de três anos e uma redução de capital de 5,4%.

"Agradecemos aos credores que apoiaram nossa proposta. Até segunda-feira, há tempo para estendê-la. O diálogo continua em busca de um acordo que a Argentina e seus credores possam sustentar", tuitou Guzmán, alinhado às declarações do presidente.

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