Premiê da China alerta sobre desaceleração após dados fracos
Dados atiçaram a especulação de que o banco central pode relaxar a política monetária para sustentar o crescimento
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 08h50.
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, alertou nesta quinta-feira que a economia enfrenta "desafios rigorosos" em 2014, declarações feitas no momento em que dados fracos atiçaram a especulação de que o banco central pode relaxar a política monetária para sustentar o crescimento.
Li, falando em entrevista à imprensa no último dia do Parlamento anual da China, indicou que Pequim vai tolerar uma expansão econômica mais lenta neste ano enquanto avança com reformas cujo objetivo é garantir um crescimento mais sustentável e de longo prazo.
Dados divulgados pouco depois da entrevista sugerem que essa tolerância pode ser testada em breve. O crescimento em investimentos, vendas no varejo e produção industrial atingiu mínimas em vários anos, sinalizando uma desaceleração nos primeiros dois meses do ano.
"Uma tempestade está chegando", disse Gao Yuan, analista do Haitong Securities, enquanto Hao Zhou, economista do ANZ, disse que o "afrouxamento da política deve ser iminente".
Na entrevista cuidadosamente orquestrada em que perguntas tiveram que ser avaliadas antes, Li passou a maior parte do tempo discutindo a economia. Ao mesmo tempo em que admitiu que a economia enfrenta dificuldades, sugeriu que Pequim não deixará o crescimento desacelerar muito. O governo tem como meta uma expansão de 7,5 por cento do PIB neste ano, após crescimento real de 7,7 por cento em 2013.
"Acreditamos que temos a capacidade, e todas as condições, de garantir que o crescimento econômico permanecerá dentro de uma faixa razoável este ano", disse ele.
Ele também sinalizou que o governo permitirá mais defaults de dívida depois que a Shanghai Chaori Solar Energy Science and Technology Co Ltd deixou de pagar na sexta-feira passada os juros de seus títulos de cinco anos.
O primeiro default de um título doméstico foi considerado por especialistas como um marco que implicará em mais disciplina do mercado, uma ruptura com o passado quando os títulos tinham uma garantia implícita porque o governo resgataria empresas problemáticas para garantir a estabilidade.
"Somos relutantes em ver defaults de produtos financeiros, mas alguns casos são difíceis de evitar", disse Li. "Temos que melhorar a supervisão e resolver problemas de maneira oportuna para garantir que não haja riscos sistêmicos e regionais." Li disse que as reformas financeiras e fiscais estão entre as prioridades neste ano, reforçando as expectativas do mercado de que mudanças há tempos aguardadas para liberalizar as taxas de depósito bancário e os esforços para controlar as dívidas dos governos locais podem sair em breve.
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, alertou nesta quinta-feira que a economia enfrenta "desafios rigorosos" em 2014, declarações feitas no momento em que dados fracos atiçaram a especulação de que o banco central pode relaxar a política monetária para sustentar o crescimento.
Li, falando em entrevista à imprensa no último dia do Parlamento anual da China, indicou que Pequim vai tolerar uma expansão econômica mais lenta neste ano enquanto avança com reformas cujo objetivo é garantir um crescimento mais sustentável e de longo prazo.
Dados divulgados pouco depois da entrevista sugerem que essa tolerância pode ser testada em breve. O crescimento em investimentos, vendas no varejo e produção industrial atingiu mínimas em vários anos, sinalizando uma desaceleração nos primeiros dois meses do ano.
"Uma tempestade está chegando", disse Gao Yuan, analista do Haitong Securities, enquanto Hao Zhou, economista do ANZ, disse que o "afrouxamento da política deve ser iminente".
Na entrevista cuidadosamente orquestrada em que perguntas tiveram que ser avaliadas antes, Li passou a maior parte do tempo discutindo a economia. Ao mesmo tempo em que admitiu que a economia enfrenta dificuldades, sugeriu que Pequim não deixará o crescimento desacelerar muito. O governo tem como meta uma expansão de 7,5 por cento do PIB neste ano, após crescimento real de 7,7 por cento em 2013.
"Acreditamos que temos a capacidade, e todas as condições, de garantir que o crescimento econômico permanecerá dentro de uma faixa razoável este ano", disse ele.
Ele também sinalizou que o governo permitirá mais defaults de dívida depois que a Shanghai Chaori Solar Energy Science and Technology Co Ltd deixou de pagar na sexta-feira passada os juros de seus títulos de cinco anos.
O primeiro default de um título doméstico foi considerado por especialistas como um marco que implicará em mais disciplina do mercado, uma ruptura com o passado quando os títulos tinham uma garantia implícita porque o governo resgataria empresas problemáticas para garantir a estabilidade.
"Somos relutantes em ver defaults de produtos financeiros, mas alguns casos são difíceis de evitar", disse Li. "Temos que melhorar a supervisão e resolver problemas de maneira oportuna para garantir que não haja riscos sistêmicos e regionais." Li disse que as reformas financeiras e fiscais estão entre as prioridades neste ano, reforçando as expectativas do mercado de que mudanças há tempos aguardadas para liberalizar as taxas de depósito bancário e os esforços para controlar as dívidas dos governos locais podem sair em breve.