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Prejuízos do BC com swaps cambiais ficaram em US$ 89,6 bi

Em dezembro, as perdas ficaram em US$ 7,794 bilhões. O mês em que ocorreu a maior perda foi em setembro (US$ 38,599 bilhões)

Banco Central: no ano, também foram registrados meses com ganhos, como em abril (US$ 31,829 bilhões) (Ueslei Marcelino/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 13h46.

As perdas do Banco Central (BC) com operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, swaps cambiais, chegaram a US$ 89,657 bilhões, em 2015, de acordo com dados divulgados hoje (6).

Em dezembro, as perdas ficaram em US$ 7,794 bilhões. O mês em que ocorreu a maior perda foi em setembro (US$ 38,599 bilhões).

No ano, também foram registrados meses com ganhos, como em abril (US$ 31,829 bilhões).

O BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana e oferecer proteção cambial para as empresas em momentos de forte oscilação da cotação, em maio de 2013, quando os Estados Unidos iniciaram a redução das injeções de dólares na economia mundial.

Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap.

O programa de swaps durou até março de 2015, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou apenas a rolar os vencimentos.

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro.

Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando acontece o oposto.

Criado em 2001, o swap cambial é uma ferramenta que permite ao Banco Central intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionais.

O BC vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar.

No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI (taxa de depósito interbancário, ou seja, a cobrada em transações entre bancos).

Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes.

Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

Os dados do BC também mostram que foram vendidos US$ 315 milhões de dólares, em dezembro 2015, por meio dos leilões de linha. No ano, as vendas líquidas ficaram em US$ 1,775 bilhão.

Nesses leilões, o BC retira dólares das reservas internacionais, mas apenas por um período.

O dinheiro volta às reservas com a compra feita pelo BC na data estabelecida no leilão.

Ao mesmo tempo que a alta do dólar gera perdas com operações de swap, ajuda a diminuir a dívida líquida do setor público (balanço entre o total de ativos e passivos dos governos federal, estaduais e municipais).

Isso acontece porque as reservas internacionais, ativos da dívida pública, são em dólar.

No ano passado, houve ganhos de rentabilidade das reservas internacionais no total de R$ 277,099 bilhões, excluídos os custos com captação de recursos.

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As perdas do Banco Central (BC) com operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, swaps cambiais, chegaram a US$ 89,657 bilhões, em 2015, de acordo com dados divulgados hoje (6).

Em dezembro, as perdas ficaram em US$ 7,794 bilhões. O mês em que ocorreu a maior perda foi em setembro (US$ 38,599 bilhões).

No ano, também foram registrados meses com ganhos, como em abril (US$ 31,829 bilhões).

O BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana e oferecer proteção cambial para as empresas em momentos de forte oscilação da cotação, em maio de 2013, quando os Estados Unidos iniciaram a redução das injeções de dólares na economia mundial.

Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap.

O programa de swaps durou até março de 2015, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou apenas a rolar os vencimentos.

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro.

Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando acontece o oposto.

Criado em 2001, o swap cambial é uma ferramenta que permite ao Banco Central intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionais.

O BC vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar.

No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI (taxa de depósito interbancário, ou seja, a cobrada em transações entre bancos).

Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes.

Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

Os dados do BC também mostram que foram vendidos US$ 315 milhões de dólares, em dezembro 2015, por meio dos leilões de linha. No ano, as vendas líquidas ficaram em US$ 1,775 bilhão.

Nesses leilões, o BC retira dólares das reservas internacionais, mas apenas por um período.

O dinheiro volta às reservas com a compra feita pelo BC na data estabelecida no leilão.

Ao mesmo tempo que a alta do dólar gera perdas com operações de swap, ajuda a diminuir a dívida líquida do setor público (balanço entre o total de ativos e passivos dos governos federal, estaduais e municipais).

Isso acontece porque as reservas internacionais, ativos da dívida pública, são em dólar.

No ano passado, houve ganhos de rentabilidade das reservas internacionais no total de R$ 277,099 bilhões, excluídos os custos com captação de recursos.

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