Economia

Preços de alimentos têm nível mais baixo em 7 anos, diz FAO

No mês passado foram registradas quedas em todos os preços dos produtos básicos que a FAO acompanha, em particular do açúcar


	Açúcar: índice de preços do açúcar da FAO caiu 4,1% em relação a dezembro, o dos preços dos produtos lácteos 3% e o dos cereais 1,7%
 (Thinkstock)

Açúcar: índice de preços do açúcar da FAO caiu 4,1% em relação a dezembro, o dos preços dos produtos lácteos 3% e o dos cereais 1,7% (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 09h48.

Roma - O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu em janeiro 1,9% em relação a seu nível de dezembro de 2015, para seu nível mais baixo nos últimos sete anos, segundo a organização das Nações Unidas com sede em Roma.

No mês passado foram registradas quedas em todos os preços dos produtos básicos que a FAO acompanha, em particular do açúcar.

O índice ficou em janeiro em 150,4 pontos, 16% menos em relação ao mesmo mês do ano anterior e atingiu assim seu nível mais baixo desde abril de 2009, acrescentou a organização.

O índice de preços da FAO é um índice com base nas trocas comerciais que faz o acompanhamento nos mercados internacionais dos cinco principais grupos de alimentos básicos: cereais, óleos vegetais, produtos lácteos, carne e açúcar.

Os principais fatores que estão por trás da persistente queda dos preços dos produtos alimentícios básicos são as provisões agrícolas em geral abundantes, a desaceleração econômica mundial e a valorização do dólar, acrescentou a FAO.

A organização também aumentou sua previsão das reservas mundiais de cereais em 2016, como resultado da redução projetada do consumo e do aumento das perspectivas de produção em 2015.

O índice de preços do açúcar da FAO caiu 4,1% em relação a dezembro, o dos preços dos produtos lácteos 3% e o dos cereais 1,7%.

O índice de preços dos óleos vegetais caiu 1,7% e o da carne 1,1% em relação a seu valor revisado de dezembro.

Quanto às perspectivas para 2016, a organização destacou que os padrões climáticos associados com El Niño enviam sinais mistos para as colheitas de cereais, especialmente no hemisfério sul.

A FAO destaca que há previstos aumentos destacados nas reservas de trigo em Estados Unidos, União Europeia e China, enquanto haverá prováveis reduções em Canadá, Índia e Irã.

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