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Pré-sal pode ter impacto ambiental negativo

Para José Goldemberg, o petróleo pode drenar os recursos que seriam direcionados a energias alternativas

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2009 às 18h19.

A exploração do pré-sal  é um risco ao processo de consolidação do Brasil como líder mundial em energias renováveis. Ou seja, ao privilegiar o petróleo em sua matriz energética, o país corre o risco de seguir na contramão do que buscam os demais países: alternativas que reduzam suas atuais emissões de carbono. A avaliação é do presidente do Conselho Consultivo do Centro Nacional de Referência em Biomassa, José Goldemberg, durante o fórum "O Novo Cenário Energético Mundial e as Oportunidades para o Brasil", promovido nesta quinta-feira pela revista EXAME em São Paulo.

"Certamente, os recursos disponíveis para energias alternativas irão diminuir. A exploração do pré-sal vai custar pelo menos de 100 bilhões a 200 bilhões de dólares. O programa de etanol se mantém porque está nas mãos da iniciativa privada. Já o biodiesel, que era fortemente subsidiado, praticamente desapareceu. Agora vamos ver o que vai acontecer com a energia eólica".

Do ponto de vista econômico, segundo Goldemberg, das atuais fontes de energia alternativas disponíveis, a melhor delas é a hidroelétrica. "Até agora, o Brasil só utilizou 33%  do seu potencial hidroelétrico e deveria continuar nessa linha".

 

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