Indústria na China: resultado sugere que as condições econômicas ainda estão se deteriorando apesar do afrouxamento de política monetária (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2015 às 09h17.
Xangai - A atividade industrial da China contraiu ao ritmo mais rápido em um ano em abril, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), sugerindo que as condições econômicas ainda estão se deteriorando apesar do afrouxamento de política monetária cada vez mais agressivo pelo banco central.
O PMI preliminar do HSBC/Markit caiu para 49,2 em abril, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Após uma rápida recuperação em fevereiro, o índice está agora de volta a território negativo há dois meses consecutivos.
Economistas consultados pela Reuters esperavam leitura de 49,6, igual ao dado final de março.
A forte queda no emprego vista em março moderou um pouco e as encomendas para exportação subiram pela primeira vez em três meses, mas a maioria das notícias foi ruim.
As novas encomendas recuaram ainda mais para a mínima de um ano de 49,2, ante 49,8 em março, indicando demanda doméstica mais fraca.
Por sua vez, quedas nos preços de insumos e de produção, que pareciam ter moderado em março, mostraram sinais de aceleração de novo, sinalizando intensificação das pressões deflacionárias.
O PMI fraco amplia um crescente número de sinais de que a economia da China está desacelerando mais rapidamente do que a maioria dos analistas esperava, e talvez também algumas autoridades.
A economia da China cresceu 7,4 por cento em 2014, expansão mais fraca em 24 anos.
Economistas esperam que a expansão desacelere ainda mais em 2015, para 7 por cento, mesmo com as medidas adicionais de estímulo.