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PIB recua 0,6% no 2º trimestre, diz IBGE

Foi o sexto trimestre consecutivo de queda, informou hoje o IBGE, mas indústria e investimento já esboçam uma reação

Obra da Tenda em São Paulo (Germano Luders/Exame)

João Pedro Caleiro

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 10h18.

São Paulo - O PIB do Brasil recuou 0,6% no 2º trimestre de 2016 em relação ao trimestre anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

É o sexto trimestre seguido de queda. A previsão do Banco Fibra e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) era de queda de 0,2%.

A queda em relação ao mesmo período do ano passado foi de -3,8%, um pouco acima dos 3,5% previstos pelas mesmas instituições . No acumulado de quatro trimestres, o tombo é de -4,9%.

A Agropecuária caiu 2% no trimestre e 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado, o que segundo o IBGE "pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade".

Os serviços caíram 0,8% enquanto a Indústria voltou para território positivo: 0,3%. Depois de cair por 10 trimestres seguidos, o investimento também reagiu e teve alta de 0,4% em relação ao anterior.

Mas na comparação em relação ao 2º tri de 2015, a queda é de 8,8%. De um ano para cá, a taxa de investimento na economia brasileira caiu quase 2 pontos percentuais: de 18,4% para 16,8%.

"Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período", diz o IBGE.

Os outros componentes da despesa seguem caindo. O consumo das famílias teve queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior e 5% no balanço anual.

O resultado é fruto da combinação de inflação alta, queda no emprego e na renda e encarecimento do crédito e dos juros, após anos em que o consumo das famílias foi um dos principais motores de crescimento da economia brasileira.

A despesa do governo teve queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior e 1,8% em relação ao ano anterior.

Em relação ao trimestre anterior, as exportações subiram 0,4% e as importações subiram 4,5% no mesmo período. Na comparação anual, há alta de 4,3% nas exportações e as importações acumulam queda de 10,6%.

Período de comparaçãoPIB
2º Tri 2016 / 1º tri 2016-0,6%
2º Tri 2016 / 1º Tri 2016-3,8%
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores-4,9%
Valores correntes no ano (R$)1.530,4 bilhões

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São Paulo - O PIB do Brasil recuou 0,6% no 2º trimestre de 2016 em relação ao trimestre anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

É o sexto trimestre seguido de queda. A previsão do Banco Fibra e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) era de queda de 0,2%.

A queda em relação ao mesmo período do ano passado foi de -3,8%, um pouco acima dos 3,5% previstos pelas mesmas instituições . No acumulado de quatro trimestres, o tombo é de -4,9%.

A Agropecuária caiu 2% no trimestre e 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado, o que segundo o IBGE "pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade".

Os serviços caíram 0,8% enquanto a Indústria voltou para território positivo: 0,3%. Depois de cair por 10 trimestres seguidos, o investimento também reagiu e teve alta de 0,4% em relação ao anterior.

Mas na comparação em relação ao 2º tri de 2015, a queda é de 8,8%. De um ano para cá, a taxa de investimento na economia brasileira caiu quase 2 pontos percentuais: de 18,4% para 16,8%.

"Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período", diz o IBGE.

Os outros componentes da despesa seguem caindo. O consumo das famílias teve queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior e 5% no balanço anual.

O resultado é fruto da combinação de inflação alta, queda no emprego e na renda e encarecimento do crédito e dos juros, após anos em que o consumo das famílias foi um dos principais motores de crescimento da economia brasileira.

A despesa do governo teve queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior e 1,8% em relação ao ano anterior.

Em relação ao trimestre anterior, as exportações subiram 0,4% e as importações subiram 4,5% no mesmo período. Na comparação anual, há alta de 4,3% nas exportações e as importações acumulam queda de 10,6%.

Período de comparaçãoPIB
2º Tri 2016 / 1º tri 2016-0,6%
2º Tri 2016 / 1º Tri 2016-3,8%
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores-4,9%
Valores correntes no ano (R$)1.530,4 bilhões

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