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PIB do México perderia 1,1 ponto porcentual com tarifas, diz chanceler

O chanceler do México afirmou que as medidas acordadas com os Estados Unidos na última sexta-feira(7) serão avaliadas após 45 dias

México: o EUA ameaçam aplicar tarifas caso a entrada de imigrantes não seja contida (Gustavo Graf/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2019 às 11h46.

São Paulo — O ministro de Relações Exteriores do México , Marcelo Ebrard, afirmou nesta segunda-feira que o Produto Interno Bruto ( PIB ) do país sofreria um impacto negativo de cerca de 1,1 ponto porcentual se fossem aplicadas as tarifas de 5% sobre todos os bens mexicanos importados pelos Estados Unidos .

Pelos cálculos do governo, as cobranças extras também teriam implicado um aumento de 10 pontos porcentuais da alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) mexicano e a perda de 1,2 milhão de empregos.

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Ebrard disse em entrevista coletiva que, na negociação com os americanos, os maiores riscos eram a possível imposição das tarifas e o atraso no processo de ratificação do acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), que tramita nas instâncias legislativas dos três países.

De acordo com a Dow Jones Newswires, o ministro mexicano negou que questões comerciais tenham sido incluídas no pacto com os EUA sobre imigração, mas comentou que, uma vez que as tarifas foram, por ora, evitadas, a demanda americana por produtos agrícolas mexicanos provavelmente crescerá.

Questionado sobre se foi combinada uma meta numérica ou porcentual para a redução do número de imigrantes ilegais passando pelo México para os EUA, Ebrard respondeu que, pela vontade dos americanos, a quantidade de passagens seria diminuída a "zero", mas admitiu se tratar de uma cifra pouquíssimo realista. O ministro afirmou que as medidas acordadas com os Estados Unidos na semana passada serão avaliadas após 45 dias.

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