Japoneses em uma região movimentada no distrito comercial de Shibuya, em Tóquio: ema forte melhora nos gastos de capital levaram a uma revisão para cima no PIB (Toru Yamanaka/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 07h47.
Tóquio - A economia do Japão expandiu muito mais rápido do que inicialmente estimado no segundo trimestre, ampliando os crescentes sinais de uma sólida recuperação e fortalecendo os motivos para o primeiro-ministro Shinzo Abe avançar com o aumento do imposto sobre vendas no próximo ano.
Uma forte melhora nos gastos de capital levaram a uma revisão para cima no Produto Interno Bruto (PIB) do período entre abril e junho para uma expansão anualizada de 3,8 por cento, ante leitura preliminar de 2,6 por cento, mostraram dados do Escritório do Gabinete nesta segunda-feira.
O terceiro trimestre consecutivo de crescimento, que basicamente ficou em linha com as expectativas, destacou a força da recuperação do Japão e aumentou as chances de o governo avançar com a alta em duas etapas do imposto sobre vendas.
"As empresas estão substituindo equipamentos antigos, o que levou a uma revisão para cima do PIB", disse Hiroaki Muto, economista sênior do Sumitomo Mitsui Asset Management. "Isso significa que o governo pode elevar o imposto sobre vendas como programado." O empréstimo bancário subiu 2 por cento no ano até agosto com os empréstimos de grandes bancos registrando o aumento mais rápido em mais de quatro anos, indicaram dados separados, o que sugere que a melhora do cenário garante mais empréstimos para novos investimentos.
O PIB do segundo trimestre segue uma expansão de 4,1 por cento nos três primeiros meses deste ano, impulsionada em grande parte por gastos fortes do consumidor.
Os gastos de capital corporativo foram revisados para uma alta de 1,3 por cento ante leitura preliminar de queda de 0,1 por cento, marcando o primeiro aumento em seis trimestres.
O governo tem citado o PIB como um dos fatores importantes para decidir se seguirá adiante com a elevação do imposto sobre vendas de 5 por cento para 8 por cento em abril, e para 10 por cento em 2015 --medida vista como crucial para arrumar as finanças do Japão.