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PIB deve crescer menos de 2% no primeiro semestre

Apesar do fraco desempenho esperado para o segundo trimestre, mercado aposta em retomada do fôlego de crescimento

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.

As projeções do mercado para os resultados do segundo trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não são animadoras. Nas últimas semanas, o mercado reduziu gradativamente a expectativa de crescimento da economia e, pelas contas dos analistas, a expansão entre abril e junho não deve ficar acima de 0,6% na comparação com o primeiro trimestre.

A divulgação do resultado do segundo trimestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticaocorreránesta quinta-feira (31/8). Caso as projeções se confirmem, o crescimento do PIB será de apenas 1,7% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período de 2005. De acordo com o economista-chefe da corretota Concórdia, Elson Teles, essa desaceleração será devida, principalmente, a fatores pontuais, como a Copa do Mundo, a menor quantidade de dias úteis (63 em 2005 e 61 em 2006)eas paralisações na produção de petróleo por questões técnicas - acontecimentos que não devem se repetir nos próximos meses.

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Um fator, no entanto, que pode continuar impactando o PIB é a valorização do real frente ao dólar. "Com o dólar fraco, está havendo muita substituição de produtos nacionais por importados, reduzindo o desempenho da indústria", afirma Teles. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações cresceram 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 60,901 bilhões de dólares. Já as importações, subiram 21,6%, somando 41,360 bilhões de dólares.

Segundo semestre

Apesar das projeções pessimistas para o segundo trimestre, a expectativa é de melhora no próximo semestre, com a economia retomando o fôlego de crescimento. "Não creio que o PIB chegue a crescer 4% no ano, mas deve ficar por volta de 3,3%", diz Teles.

Para o analista da corretora Souza Barros, Clodoir Gabriel Vieira, os resultados dos próximos meses poderiam ser impulsionados caso o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, acenasse para a recuperação da economia americana. "Internamente, os indicadores são positivos. A inflação e os juros estão caindo e o mercado já não se abala com as eleições. Uma melhora no cenário internacional ajudaria a elevar o PIB", afirma. A corretora projeta crescimento da economia em 3,5% em 2006 e em 2007.

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