Exame Logo

PIB da China no 2º tri desacelera, deve impulsionar reformas

Economia ainda pode atingir meta de crescimento no ano de 7,5%, presidente do banco central disse que o governo aumentará incentivos para pequenas empresas

Fábrica na China: produção industrial cresceu 8,9% em junho sobre o ano anterior, ante expectativa de 9,1% em pesquisa. Vendas no varejo em junho avançaram 13,3% ante o ano anterior, contra expectativa de 12,9% (William Hong/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 08h35.

Pequim - O crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerou para 7,5 por cento entre abril e junho --o nono trimestre dos últimos 10 em que a expansão enfraqueceu--, colocando pressão sobre Pequim para acelerar as reformas.

Os dados mostraram que a segunda maior economia do mundo desacelerou em linha com a previsão em pesquisa da Reuters após crescimento de 7,7 por cento entre janeiro e março. As ações asiáticas subiram em meio ao alívio de que o crescimento não ficou ainda menor após uma queda inesperada nas exportações em junho.

Um porta-voz da Agência Nacional de Estatísticas afirmou que a economia ainda pode atingir a meta de crescimento no ano de 7,5 por cento, enquanto o presidente do banco central disse que o governo vai aumentar os incentivos para sustentar pequenas empresas buscando estabilizar o crescimento.

Mas analistas afirmaram que a desaceleração vai encorajar o governo a avançar com mais força nas reformas. A alternativa --injetar mais dinheiro na economia através de afrouxamento monetário-- levanta o risco de exacerbar os já aquecidos mercados imobiliário e de crédito.

"A desaceceleração forçará o governo a avançar com reformas para ajudar a acionar novos motores de crescimento", disse Xiang Songzuo, economista-chefe do Agricultural Bank of China.

O crescimento anual foi o segundo mais baixo desde a crise financeiro global, após taxa de 7,4 por cento no terceiro trimestre do ano passado.

O porta-voz da agência de estatísticas, Sheng Laiyun, afirmou que a desaceleração deve-se em parte ao resultado dos esforços de Pequim de reformar a economia, um programa cujo objetivo é reduzir sua dependência de exportações e investimentos para encorajar mais consumo doméstico.

O investimento foi o maior motor do crescimento no primeiro semestre, contribuindo com 4,1 pontos percentuais para a taxa de 7,6 por cento dos seis primeiros meses do ano, enquanto o consumo contribuiu com 3,4 pontos percentuais e as exportações chegaram a 0,1 ponto percentual, disse a agência.

Outros dados divulgados junto com os do PIB mostraram que a produção industrial cresceu 8,9 por cento em junho sobre o ano anterior, ante expectativa de 9,1 por cento em pesquisa da Reuters. As vendas no varejo em junho avançaram 13,3 por cento ante o ano anterior, contra expectativa de 12,9 por cento.

Os investimentos em ativo fixo subiram 20,1 por cento no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, contra projeção de 20,2 por cento.

As ações asiáticas subiram por alívio de que os dados do PIB não foram piores após uma queda inesperada nas exportações de junho na semana passada, o que sugeriu que a economia pode enfrentar obstáculos maiores do que se imaginava.

"Não haverá grande mudança na política geral, embora o governo também vá tentar estabilizar o crescimento no curto prazo em seus esforços para reestruturar a economia", disse Haibin Zhu, economista-chefe do JPMorgan Chase.

Veja também

Pequim - O crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerou para 7,5 por cento entre abril e junho --o nono trimestre dos últimos 10 em que a expansão enfraqueceu--, colocando pressão sobre Pequim para acelerar as reformas.

Os dados mostraram que a segunda maior economia do mundo desacelerou em linha com a previsão em pesquisa da Reuters após crescimento de 7,7 por cento entre janeiro e março. As ações asiáticas subiram em meio ao alívio de que o crescimento não ficou ainda menor após uma queda inesperada nas exportações em junho.

Um porta-voz da Agência Nacional de Estatísticas afirmou que a economia ainda pode atingir a meta de crescimento no ano de 7,5 por cento, enquanto o presidente do banco central disse que o governo vai aumentar os incentivos para sustentar pequenas empresas buscando estabilizar o crescimento.

Mas analistas afirmaram que a desaceleração vai encorajar o governo a avançar com mais força nas reformas. A alternativa --injetar mais dinheiro na economia através de afrouxamento monetário-- levanta o risco de exacerbar os já aquecidos mercados imobiliário e de crédito.

"A desaceceleração forçará o governo a avançar com reformas para ajudar a acionar novos motores de crescimento", disse Xiang Songzuo, economista-chefe do Agricultural Bank of China.

O crescimento anual foi o segundo mais baixo desde a crise financeiro global, após taxa de 7,4 por cento no terceiro trimestre do ano passado.

O porta-voz da agência de estatísticas, Sheng Laiyun, afirmou que a desaceleração deve-se em parte ao resultado dos esforços de Pequim de reformar a economia, um programa cujo objetivo é reduzir sua dependência de exportações e investimentos para encorajar mais consumo doméstico.

O investimento foi o maior motor do crescimento no primeiro semestre, contribuindo com 4,1 pontos percentuais para a taxa de 7,6 por cento dos seis primeiros meses do ano, enquanto o consumo contribuiu com 3,4 pontos percentuais e as exportações chegaram a 0,1 ponto percentual, disse a agência.

Outros dados divulgados junto com os do PIB mostraram que a produção industrial cresceu 8,9 por cento em junho sobre o ano anterior, ante expectativa de 9,1 por cento em pesquisa da Reuters. As vendas no varejo em junho avançaram 13,3 por cento ante o ano anterior, contra expectativa de 12,9 por cento.

Os investimentos em ativo fixo subiram 20,1 por cento no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, contra projeção de 20,2 por cento.

As ações asiáticas subiram por alívio de que os dados do PIB não foram piores após uma queda inesperada nas exportações de junho na semana passada, o que sugeriu que a economia pode enfrentar obstáculos maiores do que se imaginava.

"Não haverá grande mudança na política geral, embora o governo também vá tentar estabilizar o crescimento no curto prazo em seus esforços para reestruturar a economia", disse Haibin Zhu, economista-chefe do JPMorgan Chase.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaIndicadores econômicosPIBSindicatos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame