Com o mote “Energia que transforma nossa sociedade”, a campanha pretende destacar uma atuação socialmente responsável da empresa (Sergio Moraes/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 12 de junho de 2022 às 14h30.
Em meio à escalada do preço dos combustíveis e aos impasses envolvendo a relação entre o governo e a Petrobras, a companhia petroleira lança neste sábado uma nova campanha publicitária, incluindo a exibição de filmes na TV aberta. O objetivo é mostrar o retorno social da estatal, que frequentemente é acusada por Bolsonaro de priorizar o lucro, embora seu governo seja o controlador da empresa.
A ideia é promover um reforço à marca e ao seu posicionamento estratégico. Com o mote “Energia que transforma nossa sociedade”, a campanha pretende destacar uma atuação socialmente responsável da empresa ao apresentar uma série de iniciativas - desde medidas de preservação ambiental até alguns de seus projetos sociais, como o de doações de computadores, gás de cozinha e cestas básicas.
A ação publicitária ocorre num momento em que a Petrobras lida com intervenções do governo federal. Em sua retórica para bases eleitorais como os caminhoneiros, Bolsonaro critica a política de preços da estatal. Ele determinou uma nova troca no comando da empresa, a segunda em poucos meses. O processo de sucessão está em curso.
Segundo a empresa, a campanha reforça a mensagem de que "uma Petrobras forte, saudável, bem gerida e que promove investimentos responsáveis proporciona bons resultados e retorno para toda a sociedade".
A campanha será veiculada na TV a partir deste sábado com uma propaganda com duração de um minuto. Uma versão reduzida de 30 segundos será exibida ao longo do mês de junho. O comercial também será apresentado nas redes sociais da companhia.
Na última quinta-feira, dia 9, o governo indicou novos nomes para o Conselho de Administração da Petrobras, após o presidente Jair Bolsonaro demitir o atual presidente da empresa, José Mauro Coelho, e indicar para o seu posto Caio Paes de Andrade.
A troca foi anunciada cerca de um mês depois de Coelho assumir o cargo e foi motivada pela alta nos preços dos combustíveis. Coelho assumiu a empresa em abril no lugar de Joaquim Silva e Luna, também demitido pelo presidente em março deste ano após insatisfação com os reajustes concedidos pela estatal.