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Petrobras investe US$ 1 bilhão na Reduc

A decisão sobre construir ou não uma nova refinaria de petróleo no Brasil ainda não saiu. Enquanto isso, a Petrobrás investirá US$ 1 bilhão na Reduc (Refinaria Duque de Caxias) até 2007. O valor é cerca de 30% menor do que o estimado pela própria Petrobras para a construção de uma nova refinaria: US$ 1,5 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

A decisão sobre construir ou não uma nova refinaria de petróleo no Brasil ainda não saiu. Enquanto isso, a Petrobrás investirá US$ 1 bilhão na Reduc (Refinaria Duque de Caxias) até 2007. O valor é cerca de 30% menor do que o estimado pela própria Petrobras para a construção de uma nova refinaria: US$ 1,5 bilhão até 2007. Até a venezuelana PdVSA já foi colocada no projeto.

Em junho, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que o governo ainda estuda a questão da necessidade ou não da construção de uma ou duas novas refinarias no país. Segundo ela, o custo de uma refinaria é de cerca de US$ 2,8 bilhões e o governo não tem dinheiro para entrar sozinho no negócio, o que exigiria a participação do capital privado no empreendimento, onde a Petrobras deverá ser minoritária. No mês passado, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, já havia afirmado que a Petrobras não pretende construir uma nova unidade.

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A disputa entre os estados (Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo), segundo Gomes, pela construção de uma refinaria da Petrobras é uma auto-enganação , porque a estatal já informou que planeja apenas expandir a capacidade de nove de suas refinarias. A construção de uma unidade não está nos planos da empresa e nós, meio que induzidos a burros, discutimos o endereço da refinaria , disse ele à Agência Brasil, à época. Lembrando que a Petrobras não prometeu uma refinaria para qualquer um dos estados brasileiros, Ciro Gomes disse que acredita na possibilidade de convencer a companhia sobre a necessidade de construir mais duas unidades no país por se tratar de investimento estratégico.

Também em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, conversaram sobre uma nova refinaria durante a visita do presidente à Londres. Segundo Cunha Lima, o assunto tratado foi sobre projetos nacionais e regionais para a expansão do refino de petróleo no país, informou a Agência Brasil em 13 de julho. Ao se encontrar com a bancada do Nordeste, no início do mês passado, diante de mais de 100 parlamentares da bancada, Lula se comprometeu a apoiar a escolha da região para a construção da nova refinaria de petróleo da Petrobras. O Nordeste disputa com o Rio de Janeiro e com o Espírito Santo a escolha para a eventual instalação da refinaria.

Há resistência por parte da Petrobras de viabilizar a construção na região Nordeste. A empresa já demonstrou publicamente que prefere concentrar a produção de petróleo no Sudeste no país. "A Petrobras é uma empresa mista, mas também dos brasileiros. Vai haver determinação política para que seja instalada uma refinaria no Nordeste", afirmou na ocasião o líder do PT, deputado Nelson Pelegrino, da Bahia.

As melhorias na Reduc

A Petrobras investirá até 2007 US$ 1 bilhão na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Estado. O objetivo é melhorar a qualidade dos produtos refinados, elaborando combustíveis menos poluentes e adequando a produção à nova legislação, que entrará em vigor entre 2004 e 2005.

Entre as obras em andamento na Reduc, encontram-se em construção algumas unidades de tratamento de remoção do enxofre, seguindo uma tendência mundial de produção de combustíveis cada vez mais limpos. Na verdade, a modernização da Reduc está direcionada em duas vertentes: a ambiental e a de elaborar produtos de maior valor agregado. Converter resíduos e óleos combustíveis pesados em combustíveis mais leves como a gasolina e o diesel agregando valores a esses produtos , afirma Paulo Turazzi de Carvalho, gerente de empreendimentos da Unidade de Negócios da Reduc.

Turazzi de Carvalho afirma que a modernização deverá gerar um aumento da rentabilidade atual da unidade da Reduc em até 15% ou 20%, dependendo das condições gerais do mercado externo, como preço do barril do petróleo e variação cambial.

Com os investimentos, a Reduc vai passar a produzir também o coque, combustível utilizado principalmente na indústria cimenteira. Uma outra vantagem que os investimentos na modernização trará para o País diz respeito à questão da balança comercial. Hoje, a refinaria produz cerca de 55 mil barris/dia de óleo diesel, produção esta que vai aumentar em até 19% com a partida de Coque. Com a conclusão das obras, Turazzi acredita que a Petrobras poderá reduzir, em média, até 13% a exportação do óleo diesel números de hoje, já que o percentual pode variar dependendo do consumo interno, sujeito a oscilações constantes.

Com informações da Agência Brasil

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