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Perspectiva de crescimento estimula procura por emprego

Em janeiro, 2,1 milhões de desempregados aguardavam uma chance de trabalho, 5,2% a mais que em dezembro (2,07 milhões)

Na construção civil sugiram 30 mil vagas, 2,3% acima do saldo líquido do mês anterior (Evaristo Sa/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 17h15.

São Paulo - Em relação aos demais meses do ano, janeiro sempre foi considerado um mês fraco para quem está à caça de emprego . Mas, este ano, o movimento aumentou nos postos de recrutamento das sete regiões metropolitanas do país onde é feita, mensalmente, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

O levantamento, que abrange as regiões metropolitanas do Distrito Federal, de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, indicou avanços na comparação tanto com dezembro último quanto com janeiro de 2011. Esse movimento, inesperado, contribuiu para elevar a taxa de desemprego de 9,1% (em dezembro) para 9,5%. Ante janeiro de 2011, no entanto, a taxa de desemprego continua em declínio. Há exato um ano, a taxa estava em 10,5%.

Em janeiro, 2,1 milhões de desempregados aguardavam uma chance de trabalho, 5,2% a mais que em dezembro (2,07 milhões) e 7,3% abaixo do registrado em janeiro do ano passado (2,27 milhões). “Muito provavelmente, as pessoas estão tendo uma perspectiva positiva do mercado de trabalho e procuram emprego em um mês de tradicional retração”, analisou o economista Sérgio Mendonça, da equipe técnica do Dieese.

Na avaliação dele, a tendência é que a economia brasileira continue crescendo nos próximos meses. O único setor em baixa é a indústria, que sofre a concorrência dos importados que entram mais baratos no país por causa do dólar desvalorizado. Nesse setor, foram fechados 46 mil postos de trabalho, queda de l,5% sobre dezembro e 0,8% sobre janeiro do ano passado.


Das sete regiões pesquisadas, quatro apresentaram elevação do nível de emprego: Salvador (1,2%), Recife (0,8%), Belo Horizonte (0,6%) e Porto Alegre (0,6%). Houve estabilidade no Distrito Federal (-0,1%) e em São Paulo (-0,2%) e recuo, apenas, em Fortaleza (-1,1%).

Entre contratações e demissões, o saldo foi positivo em 16 mil empregos. Na construção civil sugiram 30 mil vagas, 2,3% acima do saldo líquido do mês anterior. No setor de serviços, foram 26 mil vagas a mais, 0,2% sobre o saldo líquido de dezembro. No grupo outros setores, que inclui os empregos domésticos, o acréscimo foi 0,4% (6 mil empregos). No comércio, a taxa ficou praticamente estável (+3,2 mil), enquanto a indústria cortou 46 mil vagas.

Para o coordenador da pesquisa pela Fundação Seade, Alexandre Loloian, o resultado reflete o “otimismo" de quem está à procura de emprego porque, “em vez de se retirar e deixar de procurar emprego, como normalmente ocorre [nesta época], as pessoas continuaram em busca de ocupação”. Segundo ele, isso influenciou o aumento da taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, que passou de 9% para 9,6%. O total de desempregados foi estimado em 1,037 milhão, que representa 69 mil pessoas a mais procurando emprego em relação a dezembro. Mas, ante janeiro de 2011, esse número ainda é 7,7% menor.

No período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 foram criadas 475 mil vagas no conjunto pesquisado, crescimento de 2,4% no nível de ocupação em relação ao período de 12 meses imediatamente anterior. Já o rendimento médio dos ocupados (que inclui autônomos e empregados domésticos) atingiu, em dezembro, média de R$ 1.458 (0,4% a mais em relação a novembro de 2011). Na mesma base de comparação,os assalariados tiveram uma ligeira queda de rendimento (-0,4%), para R$ 1.510.

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São Paulo - Em relação aos demais meses do ano, janeiro sempre foi considerado um mês fraco para quem está à caça de emprego . Mas, este ano, o movimento aumentou nos postos de recrutamento das sete regiões metropolitanas do país onde é feita, mensalmente, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

O levantamento, que abrange as regiões metropolitanas do Distrito Federal, de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, indicou avanços na comparação tanto com dezembro último quanto com janeiro de 2011. Esse movimento, inesperado, contribuiu para elevar a taxa de desemprego de 9,1% (em dezembro) para 9,5%. Ante janeiro de 2011, no entanto, a taxa de desemprego continua em declínio. Há exato um ano, a taxa estava em 10,5%.

Em janeiro, 2,1 milhões de desempregados aguardavam uma chance de trabalho, 5,2% a mais que em dezembro (2,07 milhões) e 7,3% abaixo do registrado em janeiro do ano passado (2,27 milhões). “Muito provavelmente, as pessoas estão tendo uma perspectiva positiva do mercado de trabalho e procuram emprego em um mês de tradicional retração”, analisou o economista Sérgio Mendonça, da equipe técnica do Dieese.

Na avaliação dele, a tendência é que a economia brasileira continue crescendo nos próximos meses. O único setor em baixa é a indústria, que sofre a concorrência dos importados que entram mais baratos no país por causa do dólar desvalorizado. Nesse setor, foram fechados 46 mil postos de trabalho, queda de l,5% sobre dezembro e 0,8% sobre janeiro do ano passado.


Das sete regiões pesquisadas, quatro apresentaram elevação do nível de emprego: Salvador (1,2%), Recife (0,8%), Belo Horizonte (0,6%) e Porto Alegre (0,6%). Houve estabilidade no Distrito Federal (-0,1%) e em São Paulo (-0,2%) e recuo, apenas, em Fortaleza (-1,1%).

Entre contratações e demissões, o saldo foi positivo em 16 mil empregos. Na construção civil sugiram 30 mil vagas, 2,3% acima do saldo líquido do mês anterior. No setor de serviços, foram 26 mil vagas a mais, 0,2% sobre o saldo líquido de dezembro. No grupo outros setores, que inclui os empregos domésticos, o acréscimo foi 0,4% (6 mil empregos). No comércio, a taxa ficou praticamente estável (+3,2 mil), enquanto a indústria cortou 46 mil vagas.

Para o coordenador da pesquisa pela Fundação Seade, Alexandre Loloian, o resultado reflete o “otimismo" de quem está à procura de emprego porque, “em vez de se retirar e deixar de procurar emprego, como normalmente ocorre [nesta época], as pessoas continuaram em busca de ocupação”. Segundo ele, isso influenciou o aumento da taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, que passou de 9% para 9,6%. O total de desempregados foi estimado em 1,037 milhão, que representa 69 mil pessoas a mais procurando emprego em relação a dezembro. Mas, ante janeiro de 2011, esse número ainda é 7,7% menor.

No período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 foram criadas 475 mil vagas no conjunto pesquisado, crescimento de 2,4% no nível de ocupação em relação ao período de 12 meses imediatamente anterior. Já o rendimento médio dos ocupados (que inclui autônomos e empregados domésticos) atingiu, em dezembro, média de R$ 1.458 (0,4% a mais em relação a novembro de 2011). Na mesma base de comparação,os assalariados tiveram uma ligeira queda de rendimento (-0,4%), para R$ 1.510.

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