Parlamento grego tem apenas dois dias para aprovar acordo
O pacto inclui as duras medidas de reformas e os aumentos de impostos que a população grega rejeitou em plebiscito
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 07h02.
Bruxelas - O Parlamento da Grécia precisa aprovar até quarta-feira (15) o acordo de ajuda de três anos fechado hoje com os credores do país.
O pacto inclui as duras medidas de reformas e os aumentos de impostos que a população grega rejeitou em plebiscito, no último dia 5, e obriga Atenas a seguir as medidas da União Europeia que facilitam a liquidação de bancos falidos, inclusive compartilhando o custo da operação com investidores e credores.
"A Europa definiu um mapa para a estrada", comentou o primeiro-ministro da Letônia, Taavi Roivas, em mensagem no Twitter. "Agora, tudo depende de implementação."
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , disse durante coletiva que a "confiança precisa ser restaurada".
Um programa de ajuda mais detalhado, que será negociado posteriormente, trará medidas que vão bem além do tipo de monitoração e controles externos aos quais foram submetidos outros governos da zona do euro resgatados no passado.
A medida mais polêmica dos credores é a criação de um fundo de privatização no valor de 50 bilhões de euros (US$ 55,74 bilhões). O fundo, que tem como objetivo privatizar ou liquidar ativos gregos nos próximos anos, será supervisionado pela Europa, afirmou Merkel.
Segundo a chanceler, 12,5 bilhões de euros em recursos do fundo poderão ser usados para investimentos, enquanto o restante servirá para pagar dívidas da Grécia e ajudar a recapitalizar bancos em dificuldades.
"As vantagens superam as desvantagens", disse Merkel sobre o acordo, alertando que a trajetória dos gregos de volta ao crescimento será longa e árdua.
A aprovação das medidas do acordo no Parlamento grego poderá dividir o partido governista Syriza e seu parceiro de coalizão, os Gregos Independentes, o que, por sua vez, pode levar à convocação de novas eleições no país.
Ainda não há informações de quando os bancos da Grécia - que ficaram fechados na maior parte das duas últimas semanas - reabrirão ou se a Grécia fará o pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu ( BCE ) no próximo dia 20.
Donald Tusk, que liderou as negociações dos últimos dias, disse que os ministros de Finanças da zona do euro vão discutir "com urgência" um mecanismo para atender as necessidades de financiamento de curto prazo da Grécia.
Segundo comunicado dos ministros, a necessidade de financiamento de Atenas deve chegar a até 86 bilhões de euros (US$ 96 bilhões), ante uma estimativa anterior de 74 bilhões de euros.
Apenas a recapitalização dos bancos deve exigir entre 10 bilhões de euros e 25 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.
Bruxelas - O Parlamento da Grécia precisa aprovar até quarta-feira (15) o acordo de ajuda de três anos fechado hoje com os credores do país.
O pacto inclui as duras medidas de reformas e os aumentos de impostos que a população grega rejeitou em plebiscito, no último dia 5, e obriga Atenas a seguir as medidas da União Europeia que facilitam a liquidação de bancos falidos, inclusive compartilhando o custo da operação com investidores e credores.
"A Europa definiu um mapa para a estrada", comentou o primeiro-ministro da Letônia, Taavi Roivas, em mensagem no Twitter. "Agora, tudo depende de implementação."
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , disse durante coletiva que a "confiança precisa ser restaurada".
Um programa de ajuda mais detalhado, que será negociado posteriormente, trará medidas que vão bem além do tipo de monitoração e controles externos aos quais foram submetidos outros governos da zona do euro resgatados no passado.
A medida mais polêmica dos credores é a criação de um fundo de privatização no valor de 50 bilhões de euros (US$ 55,74 bilhões). O fundo, que tem como objetivo privatizar ou liquidar ativos gregos nos próximos anos, será supervisionado pela Europa, afirmou Merkel.
Segundo a chanceler, 12,5 bilhões de euros em recursos do fundo poderão ser usados para investimentos, enquanto o restante servirá para pagar dívidas da Grécia e ajudar a recapitalizar bancos em dificuldades.
"As vantagens superam as desvantagens", disse Merkel sobre o acordo, alertando que a trajetória dos gregos de volta ao crescimento será longa e árdua.
A aprovação das medidas do acordo no Parlamento grego poderá dividir o partido governista Syriza e seu parceiro de coalizão, os Gregos Independentes, o que, por sua vez, pode levar à convocação de novas eleições no país.
Ainda não há informações de quando os bancos da Grécia - que ficaram fechados na maior parte das duas últimas semanas - reabrirão ou se a Grécia fará o pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu ( BCE ) no próximo dia 20.
Donald Tusk, que liderou as negociações dos últimos dias, disse que os ministros de Finanças da zona do euro vão discutir "com urgência" um mecanismo para atender as necessidades de financiamento de curto prazo da Grécia.
Segundo comunicado dos ministros, a necessidade de financiamento de Atenas deve chegar a até 86 bilhões de euros (US$ 96 bilhões), ante uma estimativa anterior de 74 bilhões de euros.
Apenas a recapitalização dos bancos deve exigir entre 10 bilhões de euros e 25 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.