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Para Moody's, economia do Brasil ainda não vai tão mal

O analista da Moody's afirmou que o Brasil ainda não está tão mal como outros países que perderam o grau de investimento nos últimos tempos pela agência

Sede da Moody's, em Nova York: o analista da Moody's afirmou que o Brasil ainda não está tão mal como outros países que perderam o grau de investimento nos últimos tempos pela agência (©afp.com / Emmanuel Dunand)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 13h48.

Nova York - O analista sênior de ratings soberanos da agência de classificação de risco Moody's , Mauro Leos, afirmou que o Brasil ainda não está tão mal como outros países que perderam o grau de investimento nos últimos tempos pela agência.

"Se e quando nós mudarmos nossa visão, não será pelo que outros acham, mas se a evolução se diferenciar do que esperamos", disse Leos durante mesa redonda em Nova York para discutir perspectivas para o Brasil.

O analista afirmou que prevê recessão no Brasil neste e no próximo ano, como também contas fiscais fracas nos dois períodos. No evento realizado na Americas Society/Council of the Americas e com auditório lotado, Leos disse também que há elementos no país que ainda suportam o rating grau de investimento.

"Ainda que o Brasil esteja passando por tempos difíceis e há claras fraquezas no país, não é tão ruim quanto na Croácia", afirmou, destacando que, após 2016, o PIB do Brasil pode voltar a crescer na casa dos 2% e o superávit primário ficar em 2%. Leos frisou que a expectativa da Moody's pode não se verificar, mas é preciso esperar para ver.

Durante a mesa redonda, Leos ressaltou que a dívida bruta do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai sair da casa dos 55% para 70%, mas lembrou que outros emergentes com a mesma classificação que a economia brasileira, como a Índia, têm o indicador neste patamar.

No caso da economia indicada, ele citou que o índice está na casa dos 65%, nas Bahamas em 68% e na Croácia saiu de 35% para quase 100% nos últimos oito anos. Além da piora da dívida, nos últimos 5 anos, a Croácia teve crescimento negativo e a média de expansão no país europeu nos últimos 10 anos foi de 1%.

Na Hungria, o país tem alta exposição a moeda estrangeira, enquanto o Brasil tem, entre outros indicadores, reservas internacionais elevadas.

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O analista afirmou que prevê recessão no Brasil neste e no próximo ano, como também contas fiscais fracas nos dois períodos. No evento realizado na Americas Society/Council of the Americas e com auditório lotado, Leos disse também que há elementos no país que ainda suportam o rating grau de investimento.

"Ainda que o Brasil esteja passando por tempos difíceis e há claras fraquezas no país, não é tão ruim quanto na Croácia", afirmou, destacando que, após 2016, o PIB do Brasil pode voltar a crescer na casa dos 2% e o superávit primário ficar em 2%. Leos frisou que a expectativa da Moody's pode não se verificar, mas é preciso esperar para ver.

Durante a mesa redonda, Leos ressaltou que a dívida bruta do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai sair da casa dos 55% para 70%, mas lembrou que outros emergentes com a mesma classificação que a economia brasileira, como a Índia, têm o indicador neste patamar.

No caso da economia indicada, ele citou que o índice está na casa dos 65%, nas Bahamas em 68% e na Croácia saiu de 35% para quase 100% nos últimos oito anos. Além da piora da dívida, nos últimos 5 anos, a Croácia teve crescimento negativo e a média de expansão no país europeu nos últimos 10 anos foi de 1%.

Na Hungria, o país tem alta exposição a moeda estrangeira, enquanto o Brasil tem, entre outros indicadores, reservas internacionais elevadas.

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