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Países do BRICS discutirão problemas econômicos em cúpula

O grupo BRICS, cujos membros, juntos, somam 53% da população mundial e 16 trilhões de dólares de PIB, foi criado em 2011

Brics: os dirigentes debaterão sobre "as perspectivas de crescimento mundial, o papel do grupo e sua contribuição para este crescimento" (Beto Barata/PR/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 14h51.

Os dirigentes das potências emergentes reunidas no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reúnem neste fim de semana em sua cúpula anual na Índia, em um momento em que o bloco vê seu peso diminuído por suas dificuldades econômicas .

O grupo BRICS, cujos membros, juntos, somam 53% da população mundial e 16 trilhões de dólares de PIB, foi criado em 2011 para utilizar sua influência econômica e política conjunta a fim de contrabalançar o Ocidente na gestão dos assuntos do mundo.

Mas na reunião de líderes desses cinco países no sábado e no domingo em Goa (sul da Índia), o único que poderá se orgulhar dos resultados econômicos de seu país será o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia indiana registrará para 2016/2017 uma expansão de 7,6%, nível equivalente ao exercício anual anterior.

Já o restante deste grupo não poderá dizer o mesmo.

Rússia e Brasil caíram recentemente em recessão, uma situação que no mês passado a África do Sul conseguiu evitar por pouco. Já o crescimento da China, motor da economia mundial, se viu seriamente desacelerado.

Comércio, crescimento, Síria

Os dirigentes dos BRICS debaterão sobre "as perspectivas de crescimento mundial, o papel do grupo e sua contribuição para este crescimento", informou Amar Sinha, do ministério de Relações Exteriores indiano.

O aquecimento climático, a segurança regional, também estão na ordem do dia, afirmou.

A Rússia também deve introduzir nos debates o tema da Síria, cujo regime Moscou apoia e ajuda em seu combate contra os rebeldes e extremistas, apesar das críticas e denuncias da comunidade internacional.

"O terrorismo internacional e o processo de paz na Síria" serão discutidos, indicaram os serviços do presidente russo, Vladimir Putin, em um comunicado.

Os líderes internacionais "manterão discussões sobre a cooperação do BRICS assim como outros temas mundiais e regionais", informou o vice-ministro de Relações Exteriores chinês, Li Baodong, segundo as declarações atribuídas à agência China Nova.

Michel Temer aproveitará o evento para tentar reforçar os intercâmbios comerciais brasileiros com o resto grupo.

À margem da cúpula estão previstos encontros bilaterais para conversas mais substanciais. O nacionalista hindu Narendra Modi receberá o presidente chinês Xi Jinping e o russo Vladimir Putin.

Incertezas

Esta oitava cúpula se celebra em meio à incertezas sobre o futuro do grupo BRICS, que criou seu próprio banco de desenvolvimento.

A Índia, um dos motores da coalizão, parece afastar-se cada vez um pouco mais desde a chegada de Modi, em 2014, ao poder. O país desde então tem privilegiado uma política de aproximação com os Estados Unidos.

Para Eswar Prasad, professor de comércio e economia da Universidade de Cornell (Estados Unidos), os mal momento econômico do BRICS reduzem sua influência.

"Dado seu tamanho importante e sua significativa contribuição mundial, este grupo poderia ter peso se atuasse em concerto", explicou à AFP.

Entretanto, "os problemas econômicos de vários membros reduziram sua força e sua influência", ressaltou.

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Os dirigentes das potências emergentes reunidas no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reúnem neste fim de semana em sua cúpula anual na Índia, em um momento em que o bloco vê seu peso diminuído por suas dificuldades econômicas .

O grupo BRICS, cujos membros, juntos, somam 53% da população mundial e 16 trilhões de dólares de PIB, foi criado em 2011 para utilizar sua influência econômica e política conjunta a fim de contrabalançar o Ocidente na gestão dos assuntos do mundo.

Mas na reunião de líderes desses cinco países no sábado e no domingo em Goa (sul da Índia), o único que poderá se orgulhar dos resultados econômicos de seu país será o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia indiana registrará para 2016/2017 uma expansão de 7,6%, nível equivalente ao exercício anual anterior.

Já o restante deste grupo não poderá dizer o mesmo.

Rússia e Brasil caíram recentemente em recessão, uma situação que no mês passado a África do Sul conseguiu evitar por pouco. Já o crescimento da China, motor da economia mundial, se viu seriamente desacelerado.

Comércio, crescimento, Síria

Os dirigentes dos BRICS debaterão sobre "as perspectivas de crescimento mundial, o papel do grupo e sua contribuição para este crescimento", informou Amar Sinha, do ministério de Relações Exteriores indiano.

O aquecimento climático, a segurança regional, também estão na ordem do dia, afirmou.

A Rússia também deve introduzir nos debates o tema da Síria, cujo regime Moscou apoia e ajuda em seu combate contra os rebeldes e extremistas, apesar das críticas e denuncias da comunidade internacional.

"O terrorismo internacional e o processo de paz na Síria" serão discutidos, indicaram os serviços do presidente russo, Vladimir Putin, em um comunicado.

Os líderes internacionais "manterão discussões sobre a cooperação do BRICS assim como outros temas mundiais e regionais", informou o vice-ministro de Relações Exteriores chinês, Li Baodong, segundo as declarações atribuídas à agência China Nova.

Michel Temer aproveitará o evento para tentar reforçar os intercâmbios comerciais brasileiros com o resto grupo.

À margem da cúpula estão previstos encontros bilaterais para conversas mais substanciais. O nacionalista hindu Narendra Modi receberá o presidente chinês Xi Jinping e o russo Vladimir Putin.

Incertezas

Esta oitava cúpula se celebra em meio à incertezas sobre o futuro do grupo BRICS, que criou seu próprio banco de desenvolvimento.

A Índia, um dos motores da coalizão, parece afastar-se cada vez um pouco mais desde a chegada de Modi, em 2014, ao poder. O país desde então tem privilegiado uma política de aproximação com os Estados Unidos.

Para Eswar Prasad, professor de comércio e economia da Universidade de Cornell (Estados Unidos), os mal momento econômico do BRICS reduzem sua influência.

"Dado seu tamanho importante e sua significativa contribuição mundial, este grupo poderia ter peso se atuasse em concerto", explicou à AFP.

Entretanto, "os problemas econômicos de vários membros reduziram sua força e sua influência", ressaltou.

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