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Pagar um pouco mais de imposto é investir no país, diz Levy

Segundo ministro, vale a pena "pagar um pouquinho mais de imposto" para possibilitar a recuperação do Brasil

"Se a gente tiver que pagar um pouquinho mais de imposto para o país ser reconhecido como país forte, tenho certeza de que todo mundo vai querer fazer isso”, disse Joaquim Levy (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 19h59.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse que vale a pena "pagar um pouquinho mais de imposto" para possibilitar a recuperação econômica do país.

“É um investimento que vale a pena. A gente não deve ser vítima de uma miopia na questão dos impostos .[...] Se a gente tiver que pagar um pouquinho mais de imposto para o país ser reconhecido como país forte, tenho certeza de que todo mundo vai querer fazer isso”, disse o ministro, em entrevista à imprensa hoje (10) no Ministério da Fazenda.

Ele não confirmou aumento de impostos. Disse que estão no Congresso medidas que devem ajudar na reestruturação fiscal do país.

Uma delas é a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deve acabar com a guerra fiscal entre os estados. Outra é a repatriação dos recursos ilícitos de brasileiros no exterior.

A reforma do ICMS é debatida no Senado. No caso da repatriação, Levy informou que o governo enviou nesta quinta-feira (10) projeto de lei ao Congresso tratando do assunto, em substituição à proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que era a que vinha sendo discutida.

O ministro ressaltou o esforço de economia do governo. “O governo, este ano, cortou R$ 80 bilhões em relação ao Orçamento votado em abril e manterá a economia no ano que vem. Dada a mudança do desenvolvimento econômico e por gastos do passado, que temos que honrar agora, não alcançaremos a meta sem medidas adicionais. O governo tem mostrado grande disciplina fiscal”, disse.

Levy admitiu o impacto na economia do anúncio da Standard & Poor's de reduzir a nota de crédito do Brasil, retirando o grau de investimento do país.

“O episódio, sem dúvida nenhuma, terá impacto nas condições de crédito. Por isso, é tão importante tomar as medidas necessárias, cortar despesas e encontrar receitas”, afirmou.

O ministro negou que o trabalho de recuperação fiscal esteja encerrado. Segundo ele, há “bastante trabalho pela frente”.

O ministério da Fazenda emitiu uma nota “reafirmando o compromisso com a consolidação fiscal”, e lembrou medidas tomadas para ajustar as contas do país. A notícia foi comentada na Câmara e no Senado.

A S&P disse que a proposta orçamentária do país para 2016, prevendo um déficit primário de R$ 30,5 bilhões, em lugar da meta anterior de superávit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado anteriormente, contribuiu para a decisão do rebaixamento.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse que vale a pena "pagar um pouquinho mais de imposto" para possibilitar a recuperação econômica do país.

“É um investimento que vale a pena. A gente não deve ser vítima de uma miopia na questão dos impostos .[...] Se a gente tiver que pagar um pouquinho mais de imposto para o país ser reconhecido como país forte, tenho certeza de que todo mundo vai querer fazer isso”, disse o ministro, em entrevista à imprensa hoje (10) no Ministério da Fazenda.

Ele não confirmou aumento de impostos. Disse que estão no Congresso medidas que devem ajudar na reestruturação fiscal do país.

Uma delas é a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deve acabar com a guerra fiscal entre os estados. Outra é a repatriação dos recursos ilícitos de brasileiros no exterior.

A reforma do ICMS é debatida no Senado. No caso da repatriação, Levy informou que o governo enviou nesta quinta-feira (10) projeto de lei ao Congresso tratando do assunto, em substituição à proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que era a que vinha sendo discutida.

O ministro ressaltou o esforço de economia do governo. “O governo, este ano, cortou R$ 80 bilhões em relação ao Orçamento votado em abril e manterá a economia no ano que vem. Dada a mudança do desenvolvimento econômico e por gastos do passado, que temos que honrar agora, não alcançaremos a meta sem medidas adicionais. O governo tem mostrado grande disciplina fiscal”, disse.

Levy admitiu o impacto na economia do anúncio da Standard & Poor's de reduzir a nota de crédito do Brasil, retirando o grau de investimento do país.

“O episódio, sem dúvida nenhuma, terá impacto nas condições de crédito. Por isso, é tão importante tomar as medidas necessárias, cortar despesas e encontrar receitas”, afirmou.

O ministro negou que o trabalho de recuperação fiscal esteja encerrado. Segundo ele, há “bastante trabalho pela frente”.

O ministério da Fazenda emitiu uma nota “reafirmando o compromisso com a consolidação fiscal”, e lembrou medidas tomadas para ajustar as contas do país. A notícia foi comentada na Câmara e no Senado.

A S&P disse que a proposta orçamentária do país para 2016, prevendo um déficit primário de R$ 30,5 bilhões, em lugar da meta anterior de superávit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado anteriormente, contribuiu para a decisão do rebaixamento.

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