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Pagamento de pedaladas não deve aumentar dívida, diz Tesouro

Sozinha, a dívida pública mobiliária federal interna teve alta de 2,84 por cento em novembro sobre o mês anterior, a 2,575 trilhões de reais

Dilma Rousseff: os atrasos referentes às pedaladas somam 57 bilhões de reais (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 12h39.

Brasília - A dívida pública federal não será elevada neste ano em função do eventual pagamento das chamadas pedaladas fiscais, apontou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, indicando a utilização para esse fim de um colchão de liquidez já existente.

Em coletiva de imprensa, o coordenador-geral de Controle da Dívida Pública , Antônio de Pádua Passos, afirmou que não haverá novas emissões para que se pague essa dívida.

"O Tesouro emitiu ao longo do ano, tem aquele caixa que é o colchão da dívida e parte dele será utilizado para essa finalidade se assim for decidido", disse.

Como as emissões realizadas já impactaram a dívida, a eventual quitação dos recursos devidos a bancos públicos pela União por concessão de subsídios e subvenções não aumentará esse montante.

Um pouco antes, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, José Franco Medeiros de Morais, já havia afirmado que a dívida pública federal não deve estourar o teto de 2,8 trilhões de reais para 2015 fixado no Plano Anual de Financiamento (PAF) em função do pagamento das pedaladas.

Na véspera, o novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo fará o possível para realizar esse pagamento ainda este ano e encerrar o exercício "adequadamente" junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Os atrasos referentes às pedaladas somam 57 bilhões de reais.

Novembro

Em novembro, o estoque total da dívida pública federal brasileira cresceu 2,66 por cento sobre outubro, a 2,717 trilhões de reais, num avanço guiado pela evolução da dívida interna.

Houve emissão líquida de 42,45 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 27,99 bilhões de reais.

Com isso, a dívida pública federal encerrou o penúltimo mês do ano próxima ao limite estabelecido no PAF.

Sozinha, a dívida pública mobiliária federal interna teve alta de 2,84 por cento em novembro sobre o mês anterior, a 2,575 trilhões de reais.

Em contrapartida, a dívida externa sofreu redução de 0,54 por cento na mesma base de comparação, a 141,66 bilhões de reais no período.

Segundo o Tesouro, a retração ocorreu principalmente em função da valorização do real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa.

Ao avaliar a gestão da dívida em 2015, Medeiros de Morais classificou o ano como "desafiador" em função da perda do grau de investimento do país pelas agências Standard & Poor's e Fitch.

"Entretanto, a gestão da dívida pública apresentou resiliência com a utilização de mecanismos de defesa construídos ao longo dos últimos anos", completou ele, citando o colchão de liquidez, ampliação da base de investidores, alongamento do prazo e a mudança da composição, com parcela menor de títulos flutuantes e indexados à taxa de câmbio.

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Brasília - A dívida pública federal não será elevada neste ano em função do eventual pagamento das chamadas pedaladas fiscais, apontou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, indicando a utilização para esse fim de um colchão de liquidez já existente.

Em coletiva de imprensa, o coordenador-geral de Controle da Dívida Pública , Antônio de Pádua Passos, afirmou que não haverá novas emissões para que se pague essa dívida.

"O Tesouro emitiu ao longo do ano, tem aquele caixa que é o colchão da dívida e parte dele será utilizado para essa finalidade se assim for decidido", disse.

Como as emissões realizadas já impactaram a dívida, a eventual quitação dos recursos devidos a bancos públicos pela União por concessão de subsídios e subvenções não aumentará esse montante.

Um pouco antes, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, José Franco Medeiros de Morais, já havia afirmado que a dívida pública federal não deve estourar o teto de 2,8 trilhões de reais para 2015 fixado no Plano Anual de Financiamento (PAF) em função do pagamento das pedaladas.

Na véspera, o novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo fará o possível para realizar esse pagamento ainda este ano e encerrar o exercício "adequadamente" junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Os atrasos referentes às pedaladas somam 57 bilhões de reais.

Novembro

Em novembro, o estoque total da dívida pública federal brasileira cresceu 2,66 por cento sobre outubro, a 2,717 trilhões de reais, num avanço guiado pela evolução da dívida interna.

Houve emissão líquida de 42,45 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 27,99 bilhões de reais.

Com isso, a dívida pública federal encerrou o penúltimo mês do ano próxima ao limite estabelecido no PAF.

Sozinha, a dívida pública mobiliária federal interna teve alta de 2,84 por cento em novembro sobre o mês anterior, a 2,575 trilhões de reais.

Em contrapartida, a dívida externa sofreu redução de 0,54 por cento na mesma base de comparação, a 141,66 bilhões de reais no período.

Segundo o Tesouro, a retração ocorreu principalmente em função da valorização do real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa.

Ao avaliar a gestão da dívida em 2015, Medeiros de Morais classificou o ano como "desafiador" em função da perda do grau de investimento do país pelas agências Standard & Poor's e Fitch.

"Entretanto, a gestão da dívida pública apresentou resiliência com a utilização de mecanismos de defesa construídos ao longo dos últimos anos", completou ele, citando o colchão de liquidez, ampliação da base de investidores, alongamento do prazo e a mudança da composição, com parcela menor de títulos flutuantes e indexados à taxa de câmbio.

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