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Otan anuncia ajuda de 15 milhões de euros à Ucrânia

"A Rússia não deu um só passo para tornar a paz possível, só contribuiu para aprofundar o conflito", disse o secretário-geral da organização

Poroshenko na reunião da Otan: "A Ucrânia não começou a guerra" (Rebecca Naden/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 18h10.

Newport (Reino Unido) - A Otan anunciou nesta quinta-feira que vai ajudar a Ucrânia com 15 milhões de euros em suas reformas militares, ao tempo que alçou o tom contra Moscou por não contribuir para diminuir as tensão nessa região.

"A Rússia não deu um só passo para tornar a paz possível, só contribuiu para aprofundar o conflito", disse o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen, em entrevista coletiva ao lado do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ao término da reunião da Comissão Otan-Ucrânia, realizada durante o primeiro dia da cúpula da aliança militar no País de Gales.

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O político dinamarquês também ressaltou a coesão do bloco no apoio à Ucrânia.

"Condenamos firmemente as repetidas violações da lei internacional pela Rússia", disse Rasmussen, que pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, para retirar as tropas enviadas à fronteira com a Ucrânia, além de "deixar de apoiar os separatistas e voltar atrás em sua ilegal e ilegítima proclamação de anexação da Crimeia".

O secretário-geral da Otan alegou que "é a primeira vez desde que acabou a Segunda Guerra Mundial que um país na Europa anexou outro território pela força".

"A Europa não aceita passar do estado de direito ao império do mais forte", frisou, acrescentando que "o melhor é encontrar uma solução política" para o conflito.

Poroshenko, por sua vez, mostrou-se "moderadamente otimista" em relação à reunião do Grupo de contato (OSCE, Rússia e Ucrânia) que acontecerá amanhã em Minsk e cuja realização pode tornar possível a declaração de um cessar-fogo a partir das 11h GMT (8h de Brasília) desse dia por parte dos dois lados.

"A Ucrânia não começou a guerra", disse o presidente do país, para quem seus compatriotas "estão pagando o preço mais alto, com a perda de vidas de soldados e civis".

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