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1. Livros
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1/8 (Getty Images)
São Paulo – No universo de lançamentos de
livros de economia fica difícil selecionar os melhores – ou ler todos. Por isso, EXAME.com consultou os economistas Maílson da Nóbrega (Tendências Consultoria), Octavio de Barros (economista-chefe do Bradesco), Ricardo Amorim (presidente da Ricam Consultoria) e Tony Volpon (chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura) para listar os livros lançados em 2012 que eles indicam. Entre os temas nacionais, destaque para o que está além da aparente euforia. No mundo, as atenções parecem estar voltadas para tentar entender porque as nações fracassam.
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2. 1. “Por que as nações fracassam – as origens do poder, prosperidade e pobreza”
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2/8 (Reprodução/Divulgação)
De Daron Acemoglu e James A. Robinson (Campus/Elsevier) O livro se propõe a mostrar porque alguns países são ricos enquanto outros são pobres. Para os autores, o que determina o sucesso econômico são as instituições políticas e econômicas criadas pelo homem. O título foi indicado por Maílson da Nóbrega, Octavio de Barros e Ricardo Amorim. O livro baseia-se em 15 anos de pesquisas dos autores, retirando evidências do Império Romano, cidades-estado Maias, União Soviética, Estados Unidos, entre outros. “O livro mostra a diferença de estratégia de países que ficam ricos e os que não ficam e como ela se deve principalmente a líderes corruptos, sem compreensão da História e que não investem em educação - formação de capital intelectual - e criação de ambientes propícios a negócios”, sintetizou Amorim. Para Maílson, Acemoglu e Robinson são “óbvios candidatos” ao Prêmio Nobel de Economia. Acemoglu é professor de economia no MIT e Robinson, em Harvard. “O leitor se verá guiado em um passeio fascinante e erudito sobre os motivos que trouxeram a Humanidade até aqui, com destaque para os êxitos e os insucessos de distintas nações”, sintetizou Maílson.
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3. 2. “Além da euforia – Riscos e lacunas do modelo brasileiro de desenvolvimento”
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3/8 (Reprodução/Divulgação)
De Fabio Giambiagi e Armando Castelar Pinheiro (Elsevier) O livro se propõe a falar da "metade vazia do copo" no que se refere ao desenvolvimento econômico brasileiro. O título aponta que, apesar da aparente estabilidade econômica, há sinais preocupantes. Maílson da Nóbrega define os autores como “dois dos mais conceituados economistas brasileiros”. Armando Castelar Pinheiro é professor da UFRJ e pesquisador do IPEA. Giambiagi é economista do BNDES. “Eles mostram que, por detrás do sucesso da economia brasileira dos últimos anos, existem problemas preocupantes. Se não equacionados e resolvidos, poderão piorar o já complicado quadro de baixa produtividade e baixo crescimento e conduzir o Brasil a um novo ciclo de estagnação. A obra percorre todas as fontes de risco para o futuro, como as relativas à área fiscal, à produtividade, à taxa de poupança, à infraestrutura e à educação. Aborda também aspectos relevantes para o futuro, tais como os da demografia, do balanço de pagamentos, do petróleo e dos avanços que precisamos fazer nas instituições”, afirmou o economista.
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4. 3. “Rápido e devagar: duas formas de pensar”
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4/8 (Reprodução/Divulgação)
Daniel Kahneman (Objetiva) O livro explica as duas formas de pensar: a rápida, intuitiva e emocional e a mais lenta, deliberativa e lógica. O autor, Daniel Kahneman vencedor do prêmio Nobel de economia de 2002, mesmo sem ter formação na área (Kahneman é psicólogo) r
evela o peso das impressões intuitivas nas nossas decisões. O título está entre os indicados pelo economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros. As questões colocadas por Kahneman incluem o questionamento sobre o sucesso dos investidores – se é fruto de talento ou um feito completamente aleatório. O autor também aponta quando podemos ou não confiar em nossa intuição.
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5. 4. “The new geography of Jobs”
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5/8 (Reprodução/Divulgação)
A nova geografia dos empregos, em tradução livre, de Enrico Moretti (Houghton Mifflin Harcourt) No livro, o professor da Universidade de Berkeley Henrico Moretti, fala sobre uma redistribuição dos empregos nos Estados Unidos. Segundo Moretti, o movimento beneficia centros de inovação, como São Francisco e Boston. O professor afirma que, a cada emprego inovador criado em uma cidade, outros cinco “convencionais” são criados, com maiores salários. O livro é baseado em uma pesquisa sobre os arranjos produtivos de empresas de alta tecnologia nos Estados Unidos. “(o livro) Desmonta teses de que a desindustrialização é prejudicial à economia americana, mostrando, por exemplo, que a transferência de fábricas para a China, embora crie problemas momentâneos para seus empregados, beneficia todos ao longo do tempo”, afirmou Maílson da Nóbrega sobre a obra. “O livro esclarece que, ao contrário do que se pensa (inclusive no Brasil) o setor de serviços, particularmente o de alta tecnologia, pode se transformar em relevante fonte de dinamismo e crescimento”, afirmou o economista.
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6. 5. “The signal and the noise-Why Most Predictions Fail but Some Dont”
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6/8 (Reprodução/Divulgação)
“O sinal e o ruído: por que tantas previsões falham,mas algumas não”, em tradução livre. De Nate Silver (Penguim) O tema do livro ganha peso quando se lembra das previsões de
Nate Silver, estatístico do New York Times, para as eleições norte-americanas. “Não é um livro só de economia, e sim um livro sobre a ciência e arte de fazer previsões”, segundo Tony Volpon, chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura. Silver investiga como se pode distinguir sinais verdadeiros em um universo de dados confusos. Para Silver, o excesso de confiança é, geralmente, o motivo da ruína de muitas previsões – e elas poderiam melhorar com um aperfeiçoamento da incerteza.
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7. 6. “Unintended Consequences: Why Everything You’ve Been Told About the Economy is Wrong”
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7/8 (Reprodução/Divulgação)
"Consequências não-intencionais: Porque tudo que lhe falaram sobre economia está errado", em tradução livre. Do Edward Conrad (Penguin) Tendo como base a crise financeira, Conard apresenta uma explicação sobre como a economia funciona, o que deu errado no passado e o que deve ser feito para voltar a crescer. Conard foi sócio na Bain Capital entre 1993 e 2007. “Critica muito bem essa visão anti-mercado que ficou muito popular depois da crise”, disse Tony Volpon, chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura.
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8. Veja agora os países que vão encolher em 2012
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8/8 (REUTERS/Sergio Perez)