Os 15 países mais prontos para o futuro (e o Brasil em 69º)
Veja quais são os lugares que criaram as melhores condições para a economia digital florescer; o Brasil caiu 9 posições desde o ano passado
João Pedro Caleiro
Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h59.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h13.
São Paulo - As novas tecnologias estão mudando a economia - e neste novo mundo, inovação e conhecimento serão cada vez mais importantes. Há 13 anos, o Fórum Econômico Mundial divulga o que os países tem feito para se preparar para um futuro digital. No caso do Brasil, não muito. Apesar de algumas melhoras pontuais, o país caiu 9 posições do ano passado para cá. O relatório leva em conta 54 indicadores em 4 categorias: ambiente (regulatório, político e de negócios), prontidão tecnológica (infraestrutura, preços e competências), usabilidade (por governos, indivíduos e empresas) e impactos (econômicos e sociais). 148 países foram analisados. Veja a seguir o top 15 mais o Brasil:
A Finlândia continua na mesma posição do ano passado. O país tem a melhor infraestrutura de tecnologia e comunicações do mundo e mais de 90% da sua população usa a internet. Destaque: proteção de propriedade intelectual (11º no ranking) Deficiência: intensidade da competição local (86º no ranking)
Singapura continua na mesma posição do ano passado. O país tem o ambiente mais pró-negócios e pró-inovação e o melhor sistema de ensino de educação e matématica do mundo. Destaque: cobertura da rede mobile (1º no ranking) Deficiência: custo das tarifas de banda larga (85º no ranking)
A Suécia continua na mesma posição do ano passado. O país tem um dos melhores ambientes para negócios e uma economia "verdadeiramente baseada no conhecimento ", segundo o WEF. Destaque: uso pela população (1º no ranking) Deficiência: nível de impostos (123º no ranking)
A Holanda continua na mesma posição do ano passado. Praticamente todos os habitantes tem acesso a um computador e a infraestrutura digital traz impactos claros - tanto econômicos quanto sociais. Destaque: índice de e-participação (1º no ranking) Deficiência: tarifas da rede mobile (106º no ranking)
A Noruega continua na mesma posição do ano passado e tem ambiente estável, acesso quase universal e "um governo ciente da importância das tecnologias de comunicação", diz o WEF. Destaque: competição em serviços de internet e telefone (1º no ranking) Deficiência: abrangência da rede mobile (88º no ranking)
A Suíça continua na mesma posição do ano passado. Sua infraestrutura tecnológica é boa (mas cara) e os serviços digitais do governo continuam limitados na comparação com países similares. Destaque: capacidade de inovação (1º no ranking) Deficiência: número de dias para abrir um negócio (86º no ranking)
Os Estados Unidos subiram duas posições em relação ao ano passado devido a melhoras na infraestrutura e no acesso. Novas tecnologias são adotadas amplamente por indíviduos, empresas e pelo governo. Destaque: proporção de softwares piratas (1º no ranking) Deficiência: taxa de impostos sobre os lucros (106º no ranking)
Hong Kong subiu seis posições em relação ao ano passado graças a melhoras nas condições para inovação e empreendedorismo e uso mais intenso das novas tecnologias por governos e empresas. Destaque: disponibilidade de capital de risco (1º no ranking) Deficiência: tarifas de internet banda larga fixa (66º no ranking)
O Reino Unido caiu duas posições em relação ao ano passado. O país " reconheceu cedo a importância das tecnologia para apoiar sua inovação e competitividade ", segundo o WEF. Destaque: uso da internet na relação entre negócios e consumidores (1º no ranking) Deficiência: tarifas mobile (131º no ranking)
A Coreia do Sul subiu uma posição desde o ano passado. Seu governo é 1º lugar em termos de serviços online e focou na capacidade tecnológica como estratégia de desenvolvimento econômico. Destaque: taxa de matrícula na educação terciária (1º no ranking) Deficiência: efetividade dos órgãos legislativos (119º no ranking)
Luxemburgo subiu cinco posições em relação ao ano passado. O país tem a maior proporção do mundo da força de trabalho em empregos baseados no conhecimento. Destaque: legislação tecnológica (1º no ranking) Deficiência: taxa de matrícula na educação terciária (98º no ranking)
A Alemanha subiu uma posição em relação ao ano passado. Seu sistema educacional desenvolve as habilidades necessárias para uma economia globalizada e guiada pelo conhecimento. Destaque: capacidade de inovação (3º lugar no ranking) Deficiência: número de procedimentos para abrir um negócio (107º no ranking)
A Dinamarca caiu cinco posições em relação ao ano passado, mas o uso das tecnologias de comunicação continua entre os mais intensos do mundo. Destaque: assinaturas de internet banda larga fixa (3º lugar no ranking) Deficiência: disponibilidade de capital de risco (95º no ranking)
Taiwan caiu quatro posiçõe s em relação ao ano passado apesar da nota similar. As tecnologias de comunicação tem forte impacto econômico e social mas o país ainda precisa enfrentar fraquezas regulatórias e políticas. Destaque: abrangência da rede mobile (1º no ranking) Deficiência: número de procedimentos para fazer valer um contrato (131º no ranking)
Israel continua na mesma posição do ano passado. O país se destaca em criação de patentes relacionadas a tecnologia e um setor de comércio eletrônico bem desenvolvido. Destaque: capacidade de inovação (4º lugar no ranking) Deficiência: número de dias para fazer valer um contrato (125º no ranking)
O Brasil caiu 9 posições desde o ano passado - apesar da nota ter crescido, outros países melhoraram mais. O país tem alto nível de uso e um comércio eletrônico bem desenvolvido, mas peca pelo ambiente de negócios e inovação e pela baixa qualidade da educação. Destaque: uso da internet entre negócios e consumidor (30º no ranking) Deficiência: número de dias para começar um negócio (146º lugar no ranking) e tarifas mobile (140º lugar no ranking)