As 10 catástrofes naturais mais caras em 40 anos
O mundo está pagando uma conta salgada ao manter o atual padrão de produção e consumo, sem compromissos mais sérios de combate às mudanças climáticas
Vanessa Barbosa
Publicado em 16 de julho de 2014 às 17h05.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h07.
São Paulo - Pontes submersas, casas arruinadas, trens e metrôs inundados, sistemas de energia danificados, calçadas e ruas destruídas, pequenas e grandes empresas paralisadas...O saldo dos desastres naturais relacionados aos extremos do clima segue uma crescente que não dá sinais de trégua. Somados, os prejuízos econômicos provocados por enchentes , secas e furacões nas últimas quatro décadas chegam a 2,3 trilhões de dólares, quase um Brasil em PIB. Veja a seguir as 10 catástrofes naturais que geraram maiores perdas econômicas, segundo o Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). São exemplos de que o mundo está pagando uma conta salgada ao manter o atual padrão de produção e consumo, evitando compromissos mais sérios para mitigação das mudanças climáticas . No final da lista, você confere as catástrofes que arrancaram mais vidas.
Prejuízo econômico: US$ 146,9 bilhões O furacão Katrina atingiu a costa sul dos Estados Unidos com força arrasadora no dia 25 de agosto de 2005, matando mais de mil pessoas e obrigando a evacuação de meio milhão. Nova Orleans foi a cidade mais afetada. Alguns dos diques que a protegiam não conseguiram conter as águas do Lago Pontchartrain, que afluiu município adentro, inundando pelo menos 80% do seu território. Bairros inteiros ficaram praticamente submersos.
Prejuízo econômico: US$ 50 bilhões Quando o Furacão Sandy atingiu Nova York na noite de uma segunda-feira em outubro de 2012, ficou claro como suscetíveis as sociedades modernas e suas áreas metropolitanas são às catástrofes naturais. O maior centro financeiro paralisou, e parte da estrutura urbana da cidade foi seriamente afetada, exigindo investimentos vultosos para reconstrução.
Prejuízo econômico: US$ 43,3 bilhões
Um dos mais devastadores ciclones da história dos EUA, o Andrew atingiu, em agosto de 1992, a classificação máxima da escala de Saffir-Simpson, que mede a intensidade e gravidade deste fenômeno natural. Na categoria 5, os furacões são capazes de destruir tudo no caminho, com ventos de mais de 249 km/h e elevação do nível do mar em mais de 5,5 metros.
Um dos mais devastadores ciclones da história dos EUA, o Andrew atingiu, em agosto de 1992, a classificação máxima da escala de Saffir-Simpson, que mede a intensidade e gravidade deste fenômeno natural. Na categoria 5, os furacões são capazes de destruir tudo no caminho, com ventos de mais de 249 km/h e elevação do nível do mar em mais de 5,5 metros.
Prejuízo econômico: US$ 42,2 bilhões No verão de 1998, a segunda maior economia do mundo sofreu três grandes inundações. De acordo com relatórios oficiais do governo chinês, 3.656 pessoas morreram e 14 milhões ficaram desabrigadas. Cerca de 25 milhões de hectares de terras agrícolas foram inundadas.
Prejuízo econômico: US$ 40,8 bilhões As enchentes que atingiram a Tailândia em 2011 mataram mais de 800 pessoas e deixaram milhões de desabrigados. Mais de três quartos das províncias do país foram declaradas zonas de desastre. Na ocasião, o governo da Tailândia sofreu severas críticas por não estar preparado para a gravidade e duração das inundações, e muitas comunidades sentiram que o centro de operações criado para coordenar as respostas às emergências era inadequado.
Prejuízo econômico: US$ 31,9 bilhões Ike é mais um dos furacões que geraram prejuízos aos americanos. Ele formou-se gradualmente a partir de uma onda tropical que deixou a costa ocidental da África no final de agosto de 2008. Após cruzar o Caribe e atravessar o golfo do México, o ciclone atingiu a costa dos Estados Unidos, perto de Baytown, no Texas. O saldo foi de 82 mortos e outros 200 desaparecidos. Antes de chegar aos EUA, o furacão varreu Cuba e o Haiti, matando 500 pessoas.
Prejuízo econômico: US$ 22,5 bilhões As cheias de 1995 e 1996 causaram um déficit de 2,5 milhões de toneladas de alimentos na Coreia do Norte, impelindo o país a pedir ajuda, pela primeira vez, à Cruz Vermelha. Além disso, as inundações destruíram muitas das extensas instalações subterrâneas, como minas de carvão, abrigos, bases de mísseis secretos e outra infraestruturas civis e militares.
Prejuízo econômico: 22,4 bilhões No início de 2008, uma tempestade de neve se abateu sobre a China, afetando com mais força as províncias ao sul. As fortes nevascas, o gelo e o frio extremo causaram grandes danos à infraestrutura. Houve apagões graves de energia elétrica em muitas cidades e interrupção nos transportes. Foi o pior inverno da China em meio século.
Prejuízo econômico: US$ 21,8 bilhões Com ventos de 225 km/h e diâmetro de 600km, o furacão Ivan, considerado um dos mais violentos da história, deixou destruição por onde passou. Antes de atingir os estados do Alabama, Flórida, Texas e Louisiana nos EUA, causou estragos na Jamaica e no Caribe, matando mais de 60 pessoas.
Prejuízo econômico: US$ 21,3 bilhões Por fim, o décimo desastre natural relacionado aos extremos do clima mais caro em 40 anos foi a seca histórica que tomou conta da China em 1994. Na maior parte das regiões, a precipitação total durante este período foi inferior a 100 mm, cerca de 40% a 50% menor do que o normal, e noutras áreas, choveu 90% menos. A seca foi um golpe fatal na produção agrícola da China.
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