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OCDE reconhece eficácia do "Abenomics" no Japão

Segundo a OCDE, ações colocaram o Japão "no bom caminho" para conseguir um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2015 e de 1,5% em 2016

Segundo a OCDE, ações colocaram o Japão "no bom caminho" para conseguir um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2015 e de 1,5% em 2016 (Yoshikazu Tsuno/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 11h03.

Tóquio - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) reconheceu nesta quarta-feira a eficácia do "Abenomics", o plano de recuperação econômica implantado pelo primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe , mas pediu a aplicação de reformas estruturais para reativar o crescimento no país.

Essas foram as principais conclusões do relatório anual sobre o Japão elaborado pela OCDE e apresentado hoje em Tóquio pelo presidente da entidade, o mexicano Ángel Gurría.

O documento destaca a aplicação desde 2013 das "dos dois primeiros eixos do 'Abenomics'", a agressiva flexibilização monetária e o grande aumento do gasto público, iniciativas que já deram resultados positivos, afirmou Gurría.

Essas ações colocaram o Japão "no bom caminho" para conseguir um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2015 e de 1,5% em 2016, segundo as estimativas da OCDE.

"Porém, o Japão ainda não conseguiu recuperar o comércio, o investimento privado e o crédito. Ou seja, não desenvolveu todo seu potencial de crescimento", alertou Gurría.

A economia japonesa está há duas décadas sofrendo com uma frágil taxa de crescimento e com uma inflação persistente, o que provocou que o nível de vida do Japão - medido através da renda per capita - caísse para abaixo da média da OCDE.

Além disso, a dívida pública cresceu até 226% do PIB, uma taxa recorde na OCDE, devido ao aumento dos gastos sociais causados pelo envelhecimento da população e "ingressos fiscais inadequados", conforme o relatório.

Outras duas grandes ameaças para a economia japonesa são a diminuição da população em idade laboral e a estagnação da produtividade, praticamente sem alterações desde 1990 e cada vez mais longe da média da OCDE.

Por isso, o relatório recomenda ao país que inicie "de forma urgente" as medidas correspondentes ao "terceiro eixo" do "Abenomics": reformas estruturas no mercado de trabalho e no marco normativo para as empresas.

A OCDE propõe ações que promovam a inclusão da mulher no mercado de trabalho - o Japão possui um dos índices mais baixos entre os 34 países da entidade -, além da modificação das normas fiscais que favorecem a saída das mães trabalhadoras do mercado de trabalho e a promoção de mecanismos que apoiem a maternidade.

Também destaca a necessidade de incentivar a criação de novas empresas, já que o Japão é um dos países menos atrativos para empreendedores, explicou Gurría. EFE

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Tóquio - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) reconheceu nesta quarta-feira a eficácia do "Abenomics", o plano de recuperação econômica implantado pelo primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe , mas pediu a aplicação de reformas estruturais para reativar o crescimento no país.

Essas foram as principais conclusões do relatório anual sobre o Japão elaborado pela OCDE e apresentado hoje em Tóquio pelo presidente da entidade, o mexicano Ángel Gurría.

O documento destaca a aplicação desde 2013 das "dos dois primeiros eixos do 'Abenomics'", a agressiva flexibilização monetária e o grande aumento do gasto público, iniciativas que já deram resultados positivos, afirmou Gurría.

Essas ações colocaram o Japão "no bom caminho" para conseguir um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2015 e de 1,5% em 2016, segundo as estimativas da OCDE.

"Porém, o Japão ainda não conseguiu recuperar o comércio, o investimento privado e o crédito. Ou seja, não desenvolveu todo seu potencial de crescimento", alertou Gurría.

A economia japonesa está há duas décadas sofrendo com uma frágil taxa de crescimento e com uma inflação persistente, o que provocou que o nível de vida do Japão - medido através da renda per capita - caísse para abaixo da média da OCDE.

Além disso, a dívida pública cresceu até 226% do PIB, uma taxa recorde na OCDE, devido ao aumento dos gastos sociais causados pelo envelhecimento da população e "ingressos fiscais inadequados", conforme o relatório.

Outras duas grandes ameaças para a economia japonesa são a diminuição da população em idade laboral e a estagnação da produtividade, praticamente sem alterações desde 1990 e cada vez mais longe da média da OCDE.

Por isso, o relatório recomenda ao país que inicie "de forma urgente" as medidas correspondentes ao "terceiro eixo" do "Abenomics": reformas estruturas no mercado de trabalho e no marco normativo para as empresas.

A OCDE propõe ações que promovam a inclusão da mulher no mercado de trabalho - o Japão possui um dos índices mais baixos entre os 34 países da entidade -, além da modificação das normas fiscais que favorecem a saída das mães trabalhadoras do mercado de trabalho e a promoção de mecanismos que apoiem a maternidade.

Também destaca a necessidade de incentivar a criação de novas empresas, já que o Japão é um dos países menos atrativos para empreendedores, explicou Gurría. EFE

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