Economia

OCDE espera crescimento maior na zona do euro

Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico revisou em alta suas previsões de crescimento na zona do euro em 2015 e 2016, a 1,4% e 2%

Sede do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo: OCDE revisou em alta suas previsões de crescimento na zona do euro em 2015 e 2016, a 1,4% e 2%, respectivamente (Patrick Hertzog/AFP)

Sede do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo: OCDE revisou em alta suas previsões de crescimento na zona do euro em 2015 e 2016, a 1,4% e 2%, respectivamente (Patrick Hertzog/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 10h15.

Paris - A OCDE mostrou-se mais otimista a respeito da zona do euro em suas previsões de crescimento divulgadas nesta quarta-feira, mas se preocupa com a inflação muito fraca na região e com os riscos de uma nova crise financeira no mundo.

A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou em alta suas previsões de crescimento na zona do euro em 2015 e 2016, a 1,4% e 2%, respectivamente, em ambos os casos mais 0,3 ponto que em suas últimas estimativas de novembro.

A OCDE, que reúne 34 países desenvolvidos, vê "uma oportunidade para a zona do euro escapar do estancamento" e atribui o mérito disso em grande parte à ação corajosa do Banco Central Europeu (BCE), que começou a comprar de forma maciça dívida pública.

"A queda dos preços do petróleo e os efeitos da política de expansão monetária do BCE (...) explicam o essencial da revisão em alta das previsões", escrevem os economistas da OCDE em seu relatório sobre a economia mundial.

A OCDE mudou de tom desde suas previsões de novembro. Na época considerava que o estancamento na zona do euro era uma das principais ameaças para a economia mundial.

No entanto, a organização com sede em Paris considera que os riscos vinculados a uma inflação fraca são crescentes.

Se os preços não se recuperarem, em particular na Europa, a economia pode ficar paralisada pela deflação, ou seja, uma fase prolongada de baixa de preços e salários.

A OCDE ressalta, por sua vez, que a queda dos preços do petróleo tem efeitos negativos em alguns países, e reduz claramente suas previsões para dois exportadores: Brasil, onde prevê este ano uma recessão (-0,5%) e 1,2% de crescimento em 2016, e Canadá, cuja economia cresceria 2,2% este ano (-0,4 em relação à previsão anterior) e 2,1% em 2016 (-0,3 ponto).

Por outro lado, o organismo mantém suas previsões de crescimento para os Estados Unidos (+3,1% este ano, +3% no próximo) e modifica levemente as da China, com 7% em 2015 e 6,9% em 2016.

Segundo a OCDE, a Índia deve crescer mais que a China, 7,7% em 2015 e 8% em 2016.

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