Exame Logo

Obama pede "compromisso" para evitar cortes no gasto público

Algumas vezes "os congressistas acreditam que compromisso é uma palavra ruim", lamentou o líder

Barack Obama: para advertir do impacto dos cortes, a Casa Branca lançou neste domingo um extenso relatório sobre as consequências que terão em cada estado até o próximo mês de setembro. (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 15h47.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, pediu "compromisso" ao Congresso nesta segunda-feira para evitar os drásticos cortes automáticos no gasto público a quatro dias do vencimento do prazo para que entrem em vigor e voltou a alertar para suas desastrosas consequências à economia.

"Esses cortes não podem acontecer. O Congresso pode desativá-los a qualquer momento", disse Obama durante uma reunião da Associação Nacional de Governadores na Casa Branca.

Algumas vezes "os congressistas acreditam que compromisso é uma palavra ruim", lamentou o líder, acrescentando que a "incerteza" por esses cortes "arbitrários" já é sentida e reiterou que, se entrarem em vigor, "a economia se desacelerará e empregos serão eliminados".

Por sua parte, o vice-presidente Joe Biden comentou que governadores, tanto democratas como republicanos, lhe expressaram nos últimos dias sua "frustração" pela inação do Congresso e sua preocupação sobre como lidar em seus estados com os cortes.

Por decisão do Congresso adotada em 2011, se não houver um acordo de longo alcance sobre a redução do déficit público no próximo dia 1º de março, entrarão em vigor cortes automáticos de despesa no valor de mais de US$ 85 bilhões, a maioria no orçamento de Defesa.

Em uma nova tentativa para advertir do impacto dos cortes, a Casa Branca lançou neste domingo um extenso relatório sobre as consequências que terão em cada estado até o próximo mês de setembro.


Na Virgínia, por exemplo, 90 mil empregados civis do Departamento de Defesa terão que tomar licenças, enquanto na Geórgia mais de quatro mil crianças ficarão sem acesso a vacinas e 350 professores em Ohio verão seus postos de trabalho em risco.

Os cortes, que ascendem a US$ 1,2 trilhão durante os próximos dez anos, provocariam uma redução indiscriminada do orçamento das agências federais, exceto para alguns programas obrigatórios como o Medicaid (de saúde) e os cupons de alimentos.

Após um recesso pelas férias de inverno, o Congresso volta hoje à atividade, mas as propostas de democratas e republicanos para evitar os cortes seguem muito distantes.

Os republicanos estão trabalhando em um plano que deixaria de pé os cortes, mas daria ao Governo mais flexibilidade para decidir como e onde aplicá-los.

Enquanto isso, os democratas, como lembrou hoje o próprio Obama, propõem realizar "duros" cortes em alguns programas sociais em combinação com uma reforma tributária, à qual se opõem os republicanos, para aumentar a carga impositiva aos cidadãos mais ricos.

Veja também

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, pediu "compromisso" ao Congresso nesta segunda-feira para evitar os drásticos cortes automáticos no gasto público a quatro dias do vencimento do prazo para que entrem em vigor e voltou a alertar para suas desastrosas consequências à economia.

"Esses cortes não podem acontecer. O Congresso pode desativá-los a qualquer momento", disse Obama durante uma reunião da Associação Nacional de Governadores na Casa Branca.

Algumas vezes "os congressistas acreditam que compromisso é uma palavra ruim", lamentou o líder, acrescentando que a "incerteza" por esses cortes "arbitrários" já é sentida e reiterou que, se entrarem em vigor, "a economia se desacelerará e empregos serão eliminados".

Por sua parte, o vice-presidente Joe Biden comentou que governadores, tanto democratas como republicanos, lhe expressaram nos últimos dias sua "frustração" pela inação do Congresso e sua preocupação sobre como lidar em seus estados com os cortes.

Por decisão do Congresso adotada em 2011, se não houver um acordo de longo alcance sobre a redução do déficit público no próximo dia 1º de março, entrarão em vigor cortes automáticos de despesa no valor de mais de US$ 85 bilhões, a maioria no orçamento de Defesa.

Em uma nova tentativa para advertir do impacto dos cortes, a Casa Branca lançou neste domingo um extenso relatório sobre as consequências que terão em cada estado até o próximo mês de setembro.


Na Virgínia, por exemplo, 90 mil empregados civis do Departamento de Defesa terão que tomar licenças, enquanto na Geórgia mais de quatro mil crianças ficarão sem acesso a vacinas e 350 professores em Ohio verão seus postos de trabalho em risco.

Os cortes, que ascendem a US$ 1,2 trilhão durante os próximos dez anos, provocariam uma redução indiscriminada do orçamento das agências federais, exceto para alguns programas obrigatórios como o Medicaid (de saúde) e os cupons de alimentos.

Após um recesso pelas férias de inverno, o Congresso volta hoje à atividade, mas as propostas de democratas e republicanos para evitar os cortes seguem muito distantes.

Os republicanos estão trabalhando em um plano que deixaria de pé os cortes, mas daria ao Governo mais flexibilidade para decidir como e onde aplicá-los.

Enquanto isso, os democratas, como lembrou hoje o próprio Obama, propõem realizar "duros" cortes em alguns programas sociais em combinação com uma reforma tributária, à qual se opõem os republicanos, para aumentar a carga impositiva aos cidadãos mais ricos.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame