Economia

IGP-DI acelera para alta de 1,52% em julho--FGV

O índice é usado como referência para correções de preços e valores contratuais

Informações são da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Informações são da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 08h44.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,52 por cento em julho, ante elevação de 0,69 por cento em junho, impulsionado principalmente pelos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira.

Em 12 meses, o índice acumula alta de 7,31 por cento, ante 5,66 por cento nos 12 meses até junho.

Levantamento da Reuters mostrou que, pela mediana de 11 previsões, o indicador teria alta de 1,46 por cento em julho.

A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou inflação de 2,13 por cento, após apresentar alta em junho de 0,89 por cento. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI.

Segundo a FGV, o índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 0,95 por cento em julho, ante 0,62 por cento no mês anterior. O principal responsável por essa aceleração foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,12 para 0,82 por cento.

O índice do grupo Bens Intermediários acelerou a alta para 1,27 por cento, ante 1,17 por cento em junho. O principal responsável foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de 1 por cento para 4,22 por cento.

Já em Matérias-Primas Brutas foi registrada alta de 4,60 por cento, ante 0,84 por cento em junho. Os destaques para essa aceleração foram soja em grão (6,39 para 16,19 por cento), milho em grão (-2,12 para 15,66 por cento) e café em grão (-4,84 para 8,11 por cento).

Varejo

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), registrou alta de 0,22 por cento, ante 0,11 por cento em junho. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para este movimento foi do grupo Alimentação, que passou de 0,74 para 1,02 por cento.

Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa de variação passou de 7,50 para 18,40 por cento.


Também apresentaram acréscimo os grupos Transportes (-0,73 para -0,49 por cento), Educação, Leitura e Recreação (-0,10 para 0,27 por cento), Habitação (0,06 para 0,18 por cento) e Comunicação (0,00 por cento para 0,28 por cento).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,67 por cento em julho, após alta de 0,73 por cento em junho. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.

O item Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,51 por cento, ante 0,41 por cento em junho. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,82 por cento, abaixo dos 1,03 por cento em junho.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

Os indicadores de inflação vinham mostrando algum sinal de aceleração recentemente, mas alguns já indicam algum movimento de arrefecimento. Na semana passada, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,22 por cento na quarta quadrissemana de julho, menos que na semana anterior.

O recente comportamento dos preços em alta não foi suficiente para fazer os analistas mudarem suas expectativas sobre a política do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros para estimular a economia, mesmo após oito cortes seguidos da Selic, para a mínima recorde de 8 por cento.

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