Banco Central Europeu será supervisor da nova autoridade, que deve encerrar ou renovar bancos em apuros, e constitui o segundo pilar de uma "união bancária" (Alex Domanski/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2013 às 09h08.
Bruxelas - A Comissão Europeia propôes nesta quarta-feira a criação de uma agência para salvar ou fechar bancos falidos, mas a ausência de um fundo de apoio imediato para uma limpeza pode siginificar dificuldades para que a agência desempenhe seu trabalho.
Trabalhando em conjunto com o Banco Central Europeu como supervisor, a nova autoridade deve encerrar ou renovar os bancos em apuros, e constitui o segundo pilar de uma "união bancária" que pretende estimular a resposta da zona do euro para a crise.
Se os Estados da União Europeia concordarem, a agência será criada em 2015 e terá eventualmente o poder de impor perdas aos credores de bancos com problemas, segundo o projeto.
Mas a nova autoridade será prejudicada pelo fato de que terá que esperar anos antes de ter um fundo para pagar os custos de qualquer fechamento de banco que ordenar. Na prática, isso significa que será muito difícil exigir qualquer fechamento.
Autoridades dizem que o plano prevê que os bancos construam um orçamento de 55 bilhões a 70 bilhões de euros (70 bilhões a 90 bilhões de dólares), o que pode levar uma década para ser feito, deixando o agência em grande parte dependente dos esquemas nacionais.
"Nós também temos visto como o colapso de um grande banco multinacional pode levar a uma situação complexa e confusa", disse Michel Barnier, comissário a cargo da regulação.
"Nós precisamos de um sistema que pode entregar decisões de forma rápida e eficiente, evitando dúvidas sobre o impacto nas finanças públicas, e com regras que criem segurança no mercado."