Economia

Kirchner afirma que Brics são vítimas da crise financeira

"Como os emergentes ameaçam arrastar o mundo a uma nova recessão se foram eles os que sustentaram o crescimento da economia muito antes da crise de 2008?"


	Cristina Kirchner em seu Twitter: "Como os emergentes ameaçam arrastar o mundo a uma nova recessão se foram eles os que sustentaram o crescimento da economia muito antes da crise de 2008?"
 (Juan Mabromata/AFP)

Cristina Kirchner em seu Twitter: "Como os emergentes ameaçam arrastar o mundo a uma nova recessão se foram eles os que sustentaram o crescimento da economia muito antes da crise de 2008?" (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 07h08.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou nesta segunda-feira que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são as "vítimas" da crise financeira, em referência a um artigo jornalístico que assegura que estes países "ameaçam arrastar o mundo para uma nova recessão".

"Como os emergentes ameaçam arrastar o mundo a uma nova recessão se foram eles os que sustentaram o crescimento da economia global muito antes da crise de 2008?", questionou a governante em sua conta no Twitter.

Cristina criticou hoje esse artigo divulgado no jornal "Financial Times" que afirma que os modelos econômicos destes cinco países emergentes "estão se colapsando".

A presidente argentina lamentou o artigo e declarou que este inclui parágrafos "que merecem o (prêmio) Guinness da falta de vergonha".

"Dizer que agora os emergentes ameaçam arrastar o mundo a uma nova recessão é simplesmente falso. O mundo foi arrastado à crise de 2008 pela especulação financeira, e nunca se recuperou. O que os Brics têm a ver com isso? Salvo o papel de vítimas não lhes cabe nenhuma outra qualificação", escreveu a chefe de Estado argentina.

É a segunda vez nas duas últimas semanas que Cristina menciona a economia destes países emergentes, depois que no último dia 26 de agosto falou sobre "como a crise se transfere aos Brics" no 161º aniversário da Bolsa de Buenos Aires, quando comentou a desvalorização do real e a queda da bolsa chinesa.

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