Economia

BoJ anuncia novas medidas de flexibilização monetária

Entre as medidas, está a ampliação de seu programa de compra de ativos em 5 trilhões de ienes (US$ 61,6 bilhões)

O BoJ ainda aumentará em 200 bilhões de ienes (US$ 2,46 bilhões) a compra de fundos das bolsas de valores e em 10 bilhões de ienes (US$ 123 milhões) a de fundos imobiliários (Wikimedia Commons)

O BoJ ainda aumentará em 200 bilhões de ienes (US$ 2,46 bilhões) a compra de fundos das bolsas de valores e em 10 bilhões de ienes (US$ 123 milhões) a de fundos imobiliários (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 07h17.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) anunciou nesta sexta-feira que ampliará seu programa de compra de ativos em 5 trilhões de ienes (US$ 61,6 bilhões), em uma nova medida de flexibilização monetária destinada a combater a persistente deflação.

A ampliação representa que o programa do BOJ, destinado a injetar liquidez ao sistema, se elevará a 70 trilhões de ienes (US$ 861,9 bilhões), segundo um comunicado da entidade após uma reunião extraordinária de sua junta de política monetária.

No encontro, os sete membros da junta também decidiram respaldar a manutenção das taxas de juros entre 0% e 0,1%, baixíssimo nível no qual se encontram desde dezembro de 2008.

A instituição japonesa anunciou que aumentará a aquisição de bônus do Governo japonês em poder das instituições financeiras para injetar maior liquidez ao sistema bancário e estimular a atividade empresarial.

Além disso, aumentará em 200 bilhões de ienes (US$ 2,46 bilhões) a compra de fundos das bolsas de valores e em 10 bilhões de ienes (US$ 123 milhões) a de fundos imobiliários, segundo um comunicado do BOJ.

O banco central japonês também decidiu ampliar o prazo de vencimento dos bônus do Governo e dos bônus corporativos que atualmente adquire dentro do programa, passando de 'um a dois anos' a 'um a três anos'.

A notícia da ampliação do programa foi bem recebida pelos investidores do pregão japonês, motivando a alta de 1% do índice Nikkei após o anúncio.

O Banco do Japão (BOJ), que há anos tem como objetivo frear a tendência deflacionária que aflige a economia do país asiático, estabeleceu em fevereiro passado a meta de situar a inflação em 1% e se mostrou disposto a flexibilizar sua política monetária até alcançar esse índice. 

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