Economia

BNDES mudará política de investimento após prejuízo

O banco se antecipou a perdas futuras, por prever que não vai alcançar o retorno projetado em alguns investimentos, e registrou baixa contábil de R$5,15 bilhões


	BNDES: banco também quer se aproximar dos governos estaduais e retomar o papel que exercia na década de 90, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
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BNDES: banco também quer se aproximar dos governos estaduais e retomar o papel que exercia na década de 90, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (.)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 21h07.

Rio - Dias após divulgar prejuízo de R$ 2,2 bilhões no primeiro semestre, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já analisa mudanças em suas políticas de investimento e financiamento.

Nesta segunda-feira, 15, a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, atribuiu o resultado negativo à administração passada e revelou que a diretoria se reunirá esta semana para avaliar as novas condições de crédito.

A reestruturação inclui o BNDESPar, braço de participações acionárias. Parte do prejuízo do semestre foi provocado pela desvalorização das ações de companhias nas quais é sócia. O banco se antecipou a perdas futuras, por prever que não vai alcançar o retorno projetado em alguns investimentos, e registrou baixa contábil de R$ 5,15 bilhões.

"A carteira do BNDESPar precisa ser renovada, porque é uma fonte importante de investimentos, de financiamentos e, portanto, de aporte em novas empresas e em novos projetos", disse Maria Silva, sem antecipar detalhes das mudanças.

O BNDES também quer se aproximar dos governos estaduais e retomar o papel que exercia na década de 90, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No mês que vem, técnicos iniciarão uma agenda de visitas a governadores para colocar o banco à disposição, caso acatem a convocação do presidente em exercício Michel Temer de atrair a iniciativa privada para comandar segmentos hoje ocupados por estatais.

"Serão 27 road shows (apresentações), para mostrar aos governadores o que o banco pode apoiar em um programa de parceria público-privada. Pode apoiar desde o estudo técnico, na contratação, fazendo a modelagem, até a contratação final, depois do leilão (de concessão)", disse Maria Silvia.

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