Sede do Banco Central Europeu (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2013 às 12h02.
LONDRES - A maioria dos grandes bancos da Europa livrou-se de ativos de risco no trimestre até setembro, mas ainda tem que adotar medidas contra empréstimos duvidosos para mostrar que eles deixaram a crise financeira para trás antes de uma revisão crucial dos reguladores.
Depois que empréstimos arriscados deixaram vários bancos e alguns governos vulneráveis durante a crise global, que ainda resiste em uma série de países da zona do euro, a Revisão de Qualidade dos Ativos (AQR, na sigla em inglês) do próximo ano pelo Banco Central Europeu vai julgar se os bancos fizeram o suficiente para reconhecer e prever perdas em suas carteiras de empréstimos até 31 de dezembro.
Os resultados contribuirão para testes da UE que avaliam se os bancos precisam levantar mais capital para se protegerem contra choques econômicos e financeiros futuros.
Uma análise da Reuters com os resultados do terceiro trimestre dos 30 maiores bancos da Europa apontou que quase dois terços dos 27 que relatam valores trimestrais detalhados disseram que seus balanços tinham menos riscos no final do mês de setembro do que no final de junho.
A redução de riscos significa que eles precisam de menos capital. Ativos como empréstimos pessoais, empréstimos comerciais para empresas em dificuldades e certos derivados transportam um maior peso de risco, enquanto os títulos do governo não têm peso.
O banco suíço UBS cortou 9 bilhões de francos suíços (10 bilhões de dólares) de ativos carregados de risco (RWA) no trimestre, ao sair de posições em derivativos, enquanto o espanhol Bankia negociou ativos imobiliários de risco com o banco Sareb por 19,5 bilhões de euros (26,6 bilhões de dólares) em títulos garantidos pelo governo.
Mas quase dois terços dos bancos tiveram taxas mais baixas nas perdas com crédito no terceiro trimestre do que no anterior, e o "índice de cobertura" - montante reservado para perdas em relação aos empréstimos - aumentou apenas marginalmente.