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Nem boa performance do setor agrícola impede inflação de dois dígitos

O teto da meta estabelecida inicialmente pelo governo será superado e que as perspectivas para o ano que vem são preocupantes. "Há chances, ainda que menos prováveis, de os índices no varejo atingirem dois dígitos, o que já vem acontecendo desde o ano passado com os IGP s", afirma o Lloyds TSB. Caso o real […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

O teto da meta estabelecida inicialmente pelo governo será superado e que as perspectivas para o ano que vem são preocupantes. "Há chances, ainda que menos prováveis, de os índices no varejo atingirem dois dígitos, o que já vem acontecendo desde o ano passado com os IGP s", afirma o Lloyds TSB. Caso o real não apresente uma valorização expressiva nos próximos meses, nem mesmo mais uma performance favorável do setor agrícola deve ser suficiente para impedir que o IPCA se aproxime dos dois dígitos no ano que vem.

Os indícios desse risco, segundo o Lloyds TSB:

  • o IPCA acumula alta de 7,93% nos últimos 12 meses (setembro) contra os 6,46% registrados há um ano, ficando mais perto do teto recentemente revisado da meta (9%, isto é, 6,5% mais 2,5%) do que de seu ponto médio (6,5%) para 2002;
  • a alta intensa do dólar desde junho passado está tendo um alcance mais amplo do que o impacto inicial, que estava restrito aos preços no atacado;
  • o núcleo (médias aparadas) do IPCA saltou do intervalo de 0,5% a 0,6% ao mês, que prevaleceu em praticamente todo o ano, para 0,65% em agosto e 0,77% em setembro;
  • a metodologia de reajuste dos preços administrados pressionará a inflação de 2003, pois a taxa acumulada em 12 meses pelos IGP s, índice utilizado para recomposição dos preços, estão ao redor de 14% e em alta; e
  • nada impede que os combustíveis sejam reajustados a partir de novembro, com impacto sobre a inflação não só deste, mas também do próximo ano, por seu poder de propagação.
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    O teto da meta estabelecida inicialmente pelo governo será superado e que as perspectivas para o ano que vem são preocupantes. "Há chances, ainda que menos prováveis, de os índices no varejo atingirem dois dígitos, o que já vem acontecendo desde o ano passado com os IGP s", afirma o Lloyds TSB. Caso o real não apresente uma valorização expressiva nos próximos meses, nem mesmo mais uma performance favorável do setor agrícola deve ser suficiente para impedir que o IPCA se aproxime dos dois dígitos no ano que vem.

    Os indícios desse risco, segundo o Lloyds TSB:

  • o IPCA acumula alta de 7,93% nos últimos 12 meses (setembro) contra os 6,46% registrados há um ano, ficando mais perto do teto recentemente revisado da meta (9%, isto é, 6,5% mais 2,5%) do que de seu ponto médio (6,5%) para 2002;
  • a alta intensa do dólar desde junho passado está tendo um alcance mais amplo do que o impacto inicial, que estava restrito aos preços no atacado;
  • o núcleo (médias aparadas) do IPCA saltou do intervalo de 0,5% a 0,6% ao mês, que prevaleceu em praticamente todo o ano, para 0,65% em agosto e 0,77% em setembro;
  • a metodologia de reajuste dos preços administrados pressionará a inflação de 2003, pois a taxa acumulada em 12 meses pelos IGP s, índice utilizado para recomposição dos preços, estão ao redor de 14% e em alta; e
  • nada impede que os combustíveis sejam reajustados a partir de novembro, com impacto sobre a inflação não só deste, mas também do próximo ano, por seu poder de propagação.
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