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Não estudamos elevar IOF sobre operação de câmbio, diz Meirelles

Ao mesmo tempo, Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, afirmou que se for necessário aumentar impostos, isto será feito

Meirelles: "temos que fazer algo que seja de uma dimensão que o Brasil possa pagar", comentou o ministro (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2017 às 15h44.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , negou nesta quinta-feira, 9, que há estudo no governo pra se elevar IOF sobre operação de câmbio. Ao mesmo tempo, ele afirmou a jornalistas que se for necessário aumentar impostos, isto será feito.

Meirelles ressaltou que já foi questionando outras vezes sobre a alta de impostos e sempre afirmou que não havia planos, mas isto não quer dizer que os tributos nunca serão aumentados, ponderou o ministro.

Na tarde desta quinta-feira, Meirelles disse que começa uma reunião com técnicos do Tesouro em Brasília para ver a previsão das receitas, levando em conta o crescimento econômico, as receitas com concessões, do programa de regularização tributária e a possível aprovação de um novo programa de repatriação de capitais.

"Vamos avaliar tudo isto, como será a programação orçamentária deste ano e o que precisará ser feito", disse ele. "Não faz sentido eu, faltando poucos dias para a conclusão dos números, começar a anunciar que vai aumentar impostos."

"Quando chegarmos a uma reposta, a divulgação é imediata", ressaltou Meirelles. O diagnóstico destas reuniões será divulgado no próximo dia 22.

Aos jornalistas, Meirelles frisou que fazer uma reforma realista da Previdência é algo difícil, mas que as mudanças precisam atingir a todos.

"Não é uma questão de opinião ou de valor, a princípio gostaríamos de ter a previdência mais generosa para todo mundo, o problema é que alguém tem que pagar e quem paga é a sociedade brasileira", afirmou.

"Temos que fazer algo que seja de uma dimensão que o Brasil possa pagar, que a economia gere recursos suficientes para pagar", comentou Meirelles.

Mais importante que a idade mínima de aposentadoria, é preciso assegurar que os aposentados receberam seus recursos, disse o ministro, lembrando que alguns Estados estão justamente com esta dificuldade. "É preciso evitar que o Brasil inteiro chegue nessa situação."

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