Na Bolívia, polícia rejeita acordo e mantém motim
Governo esquerdista de Evo Morales acusou os policiais de criarem um cenário para uma potencial tentativa de golpe
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2012 às 14h02.
La Paz - A polícia da Bolívia rejeitou, neste domingo, um acordo salarial entre o governo e o sindicato e manteve seu comprometimento com o motim da categoria. O governo esquerdista de Evo Morales acusou os policiais de criarem um cenário para uma potencial tentativa de golpe ao estocarem munição e pressionarem outras unidade a preparem suas armas.
Mais cedo, o ministro do Interior, Carlos Romero, anunciou que o governo havia assinado um acordo com o sindicato sobre os termos do reajuste e que os oficiais amotinados haviam concordado em encerrar as manifestações nas principais cidades. "O nosso diálogo com a polícia terminou e nós conseguimos fechar um acordo razoável com o objetivo de superar a crise dos últimos dias", disse Romero em uma entrevista coletiva. "Eu quero dizer aos nossos colegas que nós devemos restabelecer os serviços, com o compromisso de que devemos prover serviço de qualidade e profissionalismo", afirmou o sargento de polícia Edgar Ramos, representante do sindicato da categoria.
Mas algumas horas depois, o acordo parecia ter se desfeito. "Nós rejeitamos o acordo e vamos continuar com o motim", afirmou um oficial não identificado antes de uma passeata de 300 pessoas passar em frente ao palácio presidencial, que teve sua segurança reforçada.
Policiais de outras cidades, como Potosi, Cochabamba e Beni também rejeitaram o acordo, que previa um aumento para US$ 287, ante uma remuneração atual de US$ 195 por mês. "Os líderes são traidores, eles são vendidos para o governo", declarou um oficial que se recusou a se identificar por temer represálias do governo.
O motim policial começou na quinta-feira, quando os manifestantes tomaram a sede da polícia de combate a protesto do país e outras oito unidades. Posteriormente, o movimento se alastrou para várias outras unidades do país e centros de comando.
Entre as reivindicações da categoria está a de pagamento de salário integral após a aposentadoria e a reformulação de uma lei que impede que os policiais se manifestem publicamente. Os manifestantes também exigiam a saída do chefe da polícia nacional, coronel Victor Maldonado. As informações são da Dow Jones.
La Paz - A polícia da Bolívia rejeitou, neste domingo, um acordo salarial entre o governo e o sindicato e manteve seu comprometimento com o motim da categoria. O governo esquerdista de Evo Morales acusou os policiais de criarem um cenário para uma potencial tentativa de golpe ao estocarem munição e pressionarem outras unidade a preparem suas armas.
Mais cedo, o ministro do Interior, Carlos Romero, anunciou que o governo havia assinado um acordo com o sindicato sobre os termos do reajuste e que os oficiais amotinados haviam concordado em encerrar as manifestações nas principais cidades. "O nosso diálogo com a polícia terminou e nós conseguimos fechar um acordo razoável com o objetivo de superar a crise dos últimos dias", disse Romero em uma entrevista coletiva. "Eu quero dizer aos nossos colegas que nós devemos restabelecer os serviços, com o compromisso de que devemos prover serviço de qualidade e profissionalismo", afirmou o sargento de polícia Edgar Ramos, representante do sindicato da categoria.
Mas algumas horas depois, o acordo parecia ter se desfeito. "Nós rejeitamos o acordo e vamos continuar com o motim", afirmou um oficial não identificado antes de uma passeata de 300 pessoas passar em frente ao palácio presidencial, que teve sua segurança reforçada.
Policiais de outras cidades, como Potosi, Cochabamba e Beni também rejeitaram o acordo, que previa um aumento para US$ 287, ante uma remuneração atual de US$ 195 por mês. "Os líderes são traidores, eles são vendidos para o governo", declarou um oficial que se recusou a se identificar por temer represálias do governo.
O motim policial começou na quinta-feira, quando os manifestantes tomaram a sede da polícia de combate a protesto do país e outras oito unidades. Posteriormente, o movimento se alastrou para várias outras unidades do país e centros de comando.
Entre as reivindicações da categoria está a de pagamento de salário integral após a aposentadoria e a reformulação de uma lei que impede que os policiais se manifestem publicamente. Os manifestantes também exigiam a saída do chefe da polícia nacional, coronel Victor Maldonado. As informações são da Dow Jones.