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Nível de endividamento sobe para 63% nos primeiros dias de janeiro

Percentual de consumidores inadimplentes é de 39%, quatro pontos percentuais a menos em relação a dezembro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

Para 63% dos consumidores da região metropolitana de São Paulo, a virada do ano veio acompanhada de dívidas. Segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o nível de endividamento dos consumidores era de 61% em dezembro de 2005, contra os 63% registrados nos primeiros dias de janeiro. O resultado, porém, é inferior ao de janeiro de 2005, quando 68% dos consumidores possuíam algum tipo de dívida voluntária (cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal ou prestações em geral).

"O Natal é a melhor data de vendas para o comércio e como as compras estão sendo financiadas pelo crédito, é natural que as dívidas aumentem nessa época", diz o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. "A oferta de crédito destinada à pessoa física cresceu 38,5% entre novembro de 2004 e novembro de 2005, e o crédito consignado avançou 102% no mesmo período, segundo dados do Banco Central", afirma.

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O percentual de consumidores com contas em atraso nos 10 primeiros dias de janeiro foi de 39%, quatro pontos percentuais menos em relação ao mesmo período em dezembro. Para a assessoria econômica da Fecomercio, a queda é reflexo da entrada dos recursos do 13º salário, que ajuda a reabilitar o crédito para novas compras. Por outro lado, sondagens realizadas com consumidores no mês de dezembro revelaram que uma parcela menor de pessoas (76%) pretendia quitar total ou parcialmente as suas contas em atraso em janeiro. Em dezembro, a taxa era de 79%. Outra informação negativa para o comércio foi o aumento do percentual daqueles que acreditam não ter condições de saldar as prestações, que subiu de 19% em dezembro para 23% em janeiro.

Em janeiro, o nível de comprometimento da renda com dívidas atingiu 31%, segundo a pesquisa. O resultado indica estabilidade na comparação com dezembro, o que significa que "os consumidores tiveram certo controle sobre as compras de dezembro", segundo a Fecomercio. Em relação ao prazo médio de endividamento, 71% dos consumidores têm parcelas que devem ser pagas em, no máximo, um ano. Apenas para 27% dos informantes, os prazos médios do vencimento das parcelas superam 12 meses.

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