Mourão elogia decisão de Guedes de liberar saldo de contas ativas do FGTS
Expectativa do governo é que medida injete até R$ 42 bilhões na economia; Bolsonaro confirmou que anúncio da liberação deve ser feito ainda esta semana
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de julho de 2019 às 17h19.
Última atualização em 17 de julho de 2019 às 17h52.
O presidente em exercício Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira, 17, que a decisão do ministro da Economia, Paulo Guedes , de liberar o saque de até 35% dos recursos das contas ativas (dos contratos de trabalho atuais) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como medida para movimentar a economia foi positiva.
"A gente precisava colocar algumas medidas na microeconomia para dar uma aquecida no consumo, vamos colocar assim, que gira a roda. Então o ministro Paulo Guedes estava aguardando aí a passagem da reforma da Previdência para que ele pudesse colocar esse tipo de medida de modo a dar um aquecimento", disse.
A expectativa do governo é de que a medida injetará até R$ 42 bilhões na economia. Segundo Mourão, há outras medidas econômicas que estão em gestação, mas não deu detalhes sobre elas. "Está na mão dele, Guedes, lá", afirmou.
Mourão comentou também achar que a proposta do grupo empresarial Instituto Brasil 200 de unificar os impostos em uma única cobrança será difícil de passar no Congresso, mas disse que ainda não tem uma opinião "coerentemente formada" sobre o assunto.
"Eu tenho estudado esse assunto e ainda não tenho uma opinião coerentemente formada porque ela equilibra para algumas cadeias de valor e para outras desequilibra, então tem que ter uma discussão mais intensa e com quem entenda mais do problema", disse. A proposta foi lançada pelo grupo na terça-feira em uma cerimônia que contou com a participação de Mourão.
O presidente em exercício contou ainda que o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, se reunirá com ele na semana que vem para detalhar as propostas que estão circulando na área econômica para a reforma tributária. Ele lembrou, porém, que outros dois projetos já estão em tramitação no Congresso: um na Câmara e outro no Senado. A equipe econômica pretende entregar aos parlamentares uma versão própria para a reforma ainda em agosto.