São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, defendeu nesta terça-feira, 02, infraestruturas aeroportuárias distintas para a aviação civil e para a aviação geral, para evitar a concorrência entre os dois segmentos.
"Não faz sentido ter a mesma infraestrutura (para a aviação executiva e a comercial)", disse, lembrando que um slot (horário de pouso e decolagem) serve com a mesma intensidade e custo a aviação comercial e a geral, sendo que um avião comercial leva 150 a 200 pessoas enquanto uma aeronave executiva leva poucas pessoas.
"Não tem cabimento haver concorrência entre aviação geral e comercial por slots", avaliou.
O ministro afirmou que justamente para estimular aeroportos dedicados à aviação executiva que o governo autorizou a construção de aeroportos privados focados na aviação geral, executiva.
Moreira Franco lembrou que o governo já concedeu autorização a alguns aeroportos privados e analisa pedidos de outros empreendimentos.
Entre os projetos já autorizados está o Aeroporto Executivo Catarina, do Grupo JHSF, que está em construção em São Roque (SP), que o ministro visitou na manhã de hoje.
No caso específico deste aeroporto paulista, Moreira Franco avaliou que o empreendimento vai reduzir o estresse sobre a infraestrutura do aeroporto de Congonhas, além de potencialmente permitir à Prefeitura de São Paulo que reduza as atividades no Campo de Marte - medida necessária para o desenvolvimento do projeto Arco do Futuro.
"O aeroporto em São Roque vai acalmar Congonhas, que é aeroporto estressado", afirmou.
Questionado se o início das atividades do aeroporto, previsto para o primeiro semestre de 2016, poderia levar a uma mudança na distribuição dos slots da aviação geral no aeroporto de Congonhas, o ministro disse que "não tem decisão" sobre isso, e que é algo que só poderia ser definido diante do fato concreto.
Atualmente, a aviação geral conta com quatro slots por hora em Congonhas.
"Temos ainda alguns anos para esse empreendimento entrar em funcionamento e temos que esperar que haja a possibilidade", comentou.
- 1. Difícil pagar lanche para toda a família
1 /13(ClaraCardoso / Flickr / Creative Commons)
São Paulo – Um passageiro que esteja voando pela primeira vez no país pode levar um susto ao tomar um descompromissado café com leite no
Aeroporto Santos Dumont , no Rio de Janeiro: R$ 7,25. Se ele ficar indignado e decidir evitar o Santos Dumont, optando pelo
Galeão , vai ter que se contentar com uma porção de seis pequenos pães de queijo a R$ 7,70 neste segundo. Os
preços dos aeroportos de todo o país parecem caros para qualquer bolso: a prova é que os valores cobrados são hoje a maior fonte de insatisfação dos passageiros, mostrou
pesquisa da Secretaria da Aviação Civil divulgada nesta segunda. Os entrevistados tinham 41 indicadores para elogiar ou criticar, mas o mais mal avaliado foi o preço da comida. Não à toa, a
Proteste foi a campo em 14 aeroportos que receberão passageiros da Copa este ano para levantar quanto se paga para comer. A intenção, no entanto, não foi fiscalizar os altos preços, mas as chamadas lanchonetes populares, que se tornaram uma política da
Infraero desde 2012 e devem seguir os preços máximos estabelecidos pela estatal em 15 itens, tornando-se uma opção barata para os
consumidores . A Proteste encontrou dois problemas principais: alguns desses novos locais
não respeitavam os tetos em todos os produtos determinados, e para alguns alimentos não tabelados, os preços chegavam a ser
maiores que nas lanchonetes convencionais. A Proteste pede maior fiscalização da Infraero com relação aos locais populares, além de pedir a instalação desses estabelecimentos nos aeroportos de Cuiabá, Manaus e
Belo Horizonte , que ainda não os possuem. Apesar dos problemas, na maioria das vezes, os preços praticados são de fatos mais camaradas. O café com leite, citado no início deste texto, por exemplo, sai por R$ 2,60 em um desses estabelecimentos. Vale lembrar que os altos valores não são uma exclusividade dos aeroportos do Brasil e que costumam ser mais elevados também no exterior. Os comerciantes alegam ainda que precisam cobrar mais devido ao alto custo do
aluguel em terminais aeroportuários. Veja a seguir os preços praticados em bares e cafés convencionais de
aeroportos do país, e depois os valores das lanchonetes populares.
- 2. Suco natural com água
2 /13(Ramzi Hashisho / Stock Xchng/Divulgação)
Preço: R$ 8,00 Aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Preço na lanchonete popular: R$ 3,90
- 3. Leite (300 ml)
3 /13(Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)
Preço: R$ 4,80 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,20
- 4. Brigadeiro
4 /13(Rodrigo Senna / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 5,90 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,80
- 5. Misto-quente
5 /13(Wikimedia Commons)
Preço: R$ 10,00 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 4,90
- 6. Pão com manteiga
6 /13(Wagner Tamanaha / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 6,50 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,00 (não tabelado)
- 7. Cerveja nacional (lata)
7 /13(Quatro Rodas)
Preço: R$ 6,90 Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 8,75 (não tabelado) - mais caro
- 8. Cappuccino (médio)
8 /13(Getty Images)
Preço: R$ 6,00 Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,00 (não tabelado) - igual
- 9. Torta salgada (fatia)
9 /13(Conanil / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 8,25 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 9,90 (não tabelado) - mais caro
- 10. Brownies
10 /13(jeffreyw / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 4,50 Aeroporto de Congonhas (SP)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,75 (não tabelado) - mais caro
- 11. Empanadas
11 /13(Rebecca T. Caro / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 3,60 Aeroporto Galeão (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,50 (não tabelado) - mais caro
- 12. Fritas (porção)
12 /13(Ulrik De Wachter / Stock Xchng)
Preço: R$ 18,50 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 10,00 (não tabelado)
- 13. Agora, veja os aeroportos que mais deixam os passageiros em pé ao lado da esteira
13 /13(Infraero/Divulgação)