México mantém previsão de crescimento do PIB entre 2% e 2,6%
A nova subsecretária de Fazenda, Vanessa Rubio, não modificou a previsão de agosto em função de dados que considerou positivos
EFE
Publicado em 23 de novembro de 2016 às 20h12.
Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 20h18.
Cidade do México - O governo do México anunciou nesta quarta-feira que manteve sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto ( PIB ) do país em 2016 em 2% a 2,6% graças a uma "sólida evolução do consumo" interno, apesar de um "entorno externo adverso".
A nova subsecretária de Fazenda, Vanessa Rubio, não modificou a previsão de agosto em função de dados que considerou positivos, como uma "dinâmica interna" caracterizada por uma "sólida evolução do consumo" e um crescimento de 2,3% entre janeiro e setembro em comparação com o mesmo período no ano passado.
No entanto, Rubio destacou que o contexto internacional é "adverso" e ressaltou fatores negativos como o enfraquecimento da produção industrial nos Estados Unidos e a diminuição da produção petrolífera.
O instituto de estatísticas mexicano divulgou hoje que o PIB aumentou 2% no período julho-setembro frente ao mesmo trimestre em 2015 e 1% em comparação com o período abril-junho.
A subsecretária deu uma mensagem tranquilizadora ao ressaltar que a expansão da economia mexicana no terceiro trimestre foi a maior desde o terceiro trimestre de 2013.
Rubio, que assumiu o cargo no começo de setembro para substituir Fernando Aportela, não descartou futuros riscos que se somariam à atual "alta volatilidade" internacional.
"Há riscos como a definição de políticas nos Estados Unidos assim que o novo presidente assumir, em janeiro", disse ela em relação à posse de Donald Trump, contrário ao Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (NAFTA).
Rubio destacou que também há menores expectativas de crescimento no mundo e "divergências em políticas monetárias", um tema que espera que seja discutido na próxima reunião do G20.
Como ponto negativo, a subsecretária mencionou a queda da atividade industrial, que foi de 0,8% em termos reais no terceiro trimestre frente ao mesmo período no ano passado.
Isto se deve, de acordo com ela, à contração da produção industrial nos Estados Unidos, que diminuiu 1,2% entre janeiro e outubro (em comparação com o período em 2015) e foi "a maior queda desde 2009".
"Isso afetou a produção industrial em nosso país no que se refere a manufaturas", apontou.
Em 2015, o PIB da segunda maior economia latino-americana - atrás apenas do Brasil - aumentou 2,5% em relação a 2014. Este dado foi superior aos 2,1% de 2014 e ao 1,4% de 2013.