Economia

Mercado vê maior aperto monetário e crescimento mais fraco em 2022

O levantamento semanal mostrou que a taxa básica de juros Selic passou a ser calculada agora em 11,75% ao final deste ano, de 11,50% antes. Para 2023, a conta segue em 8,0%

Focus: Em relação à inflação, os especialistas passaram a calcular que o IPCA fechou 2021 a 9,99%, de 10,01% no levantamento anterior (Arquivo/Agência Brasil)

Focus: Em relação à inflação, os especialistas passaram a calcular que o IPCA fechou 2021 a 9,99%, de 10,01% no levantamento anterior (Arquivo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 09h38.

Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 09h42.

O mercado passou a ver maior aperto monetário neste ano, ao mesmo tempo que reduziu pela terceira vez seguida a perspectiva para o crescimento da economia, mostrou a Boletim Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O levantamento semanal mostrou que a taxa básica de juros Selic passou a ser calculada agora em 11,75% ao final deste ano, de 11,50% antes. Para 2023, a conta segue em 8,0%.

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Na última reunião do ano passado, o BC elevou a taxa básica de juros a 9,25%, e volta a se reunir nos dias 1 e 2 de fevereiro.

Para o Produto Interno Bruto, os cerca de 100 economistas consultados continuaram vendo crescimento de 4,50% no ano passado, mas reduziram a perspectiva de expansão em 2022 a apenas 0,28% na mediana das projeções, contra taxa de 0,36% estimada antes. A conta para 2023 também caiu, em 0,1 ponto percentual, a 1,70%.

Em relação à inflação, os especialistas passaram a calcular que o IPCA fechou 2021 a 9,99%, de 10,01% no levantamento anterior. A leitura da inflação de dezembro e do acumulado do ano passado será divulgada pelo IBGE na terça-feira.

Apesar da quinta queda seguida na projeção de 2021, ela segue bem acima da meta oficial, que é de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para 2022, a expectativa de alta do IPCA permaneceu em 5,03%, mas, para 2023, caiu a 3,36%, de 3,41%. Para este ano, o centro do objetivo é de 3,5% e, para 2023, de 3,25%, sempre com margem de 1,5 ponto.

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