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Mercadante pede ajuda dos EUA para volta do crédito e promete honrar dívidas

Rio de Janeiro, 22 de novambro (Portal EXAME) Com um discurso forte e incisivo, o senador eleito Aloizio Mercadante (PT), pediu ajuda ao Tesouro norte-americano e ao Fed (banco central dos EUA) para ajudar a trazer de volta as linhas de crédito ao Brasil no plenário de encerramento da Cúpula de Negócios da América Latina […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

Rio de Janeiro, 22 de novambro (Portal EXAME) Com um discurso forte e incisivo, o senador eleito Aloizio Mercadante (PT), pediu ajuda ao Tesouro norte-americano e ao Fed (banco central dos EUA) para ajudar a trazer de volta as linhas de crédito ao Brasil no plenário de encerramento da Cúpula de Negócios da América Latina 2002, realizada pelo World Economic Fórum, no Rio de Janeiro. O governo Lula tem três prioridades: crédito, crédito, crédito , afirmou. Nada justifica o corte feito pelo mercado internacional, nem mesmo na década de 80 aconteceu algo parecido , disse ele, que foi aplaudido por representantes internacionais e nacionais por quatro vezes durante o seu discurso.

Mercadante participou, ao lado de Kenneth Dam, vice-secretário do Tesouro americano, do painel Fazendo Acontecer , e garantiu que o futuro governo está comprometido com os débitos internacionais do país. Honraremos todos os comprissos do país, sem perder a responsabilidade fiscal e social , disse. Mas foi crítico: Somos contra a política monetarista e recessiva do Fundo . E ressaltou: Enquanto os Fóruns Mundiais não preverem a inclusão social, estaremos distantes do Fórum Social e longe de chegar a uma solução para os países em desenvolvimento .

O representante do futuro governo no evento, que termina nesta sexta-feira no Rio de Janeiro, também ressaltou que a importância do incremento às exportações do país aos Estados Unidos e Europa. O que o Canadá exporta para os Estados Unidos em 10 dias, o Brasil exporta em um ano , disse ele. Mas, segundo ele, Lula e seus aliados estão empenhados em aprender a negociar com eficiência e com parcerias com as empresas locais, em uma referência ao discurso anterior, de Luiz Fernando Furlan, presidente da Sadia.

O executivo ressaltou a importância de o governo conhecer as empresas exportadoras e gerar uma ajuda mútua. As empresas podem também ajudar o governo a traçar acordos mais claros e favoráveis ao país , afirmou. Mercadante também afirmou que o Brasil participará da Alca (acordo de livre comércio entra as Américas), mas ressaltou que será uma negociação dura, estratégica para o país.

O representante do Tesouro dos EUA concordou com todas as posições de Mercadante, elogiou o desempenho do senador eleito nas urnas, mas também fez críticas à postura do governo brasileiro nos últimos anos. Em 10 anos, nenhum representante brasileiro procurou os Estados Unidos para liderar um acordo comercial bilateral ou de incentivos entre os dois países, como aconteceu no México e no Chile, por exemplo , disse Dam. Temos muito interesse em negociar com o Brasil.

Bancos

O senador eleito afirmou que o PT pensa em oferecer incentivos fiscais aos bancos que tenham linhas de crédito para pequenas e microempresas. As linhas seriam parecidas com as oferecidas pelo BNDES.

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