Medidas contra consumo não barram alguns setores, mostra pesquisa
Vendas de eletroeletrônicos e automóveis voltaram a subir, por causa do preço atrativo
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 18h29.
Rio de Janeiro - O resultado da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que, apesar das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para reduzir o consumo no país, alguns setores têm encontrado fôlego e continuam em expansão. A avaliação é do gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira. Segundo ele, a queda nos preços de determinados produtos é o principal fator que explica o movimento.
Na comparação com abril, o volume de vendas em maio subiu 0,6%, apontando uma recuperação da leve queda de 0,2% no mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2010, houve aumento de 6,2%.
De acordo com Pereira, dois setores muito influenciados pelo crédito e alvo das medidas macroprudenciais do governo, o de eletroeletrônicos e o de automóveis, apresentaram em maio variação de volume de vendas bem considerável. Para ele, a causa é o preço dos produtos. “O preço vem atraindo os consumidores. Mesmo quando se tem que pagar um imposto maior, ou uma taxa de juros maior, o preço é o grande chamariz e está fazendo com que os consumidores comprem mais.”
Enquanto a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, acumulou alta de 6,55% nos últimos 12 meses encerrados em maio, os eletrodomésticos tiveram queda de 6,3% e os veículos, de 3,5% no mesmo período, destacou Pereira.
“As montadoras estão numa concorrência muito grande, jogando os preços para baixo, o que aumenta a demanda. O dólar mais baixo também torna a montagem de eletroeletrônicos no Brasil mais barata e puxa a concorrência”, acrescentou o gerente do IBGE.
Ele ressaltou que, embora o resultado de maio revele um “panorama bom”, segue em patamar inferior ao do ano passado, já que a perspectiva para 2011 é de crescimento econômico “mais moderado”. As vendas tiveram alta de 6,2% em maio deste ano na comparação com maio de 2010. No mesmo período do ano passado, em relação ao ano anterior, o aumento havia sido de 10,2%.
Em maio deste ano, o volume de vendas nos setores de móveis e eletrodomésticos aumentou 20,4% em comparação com o resultado do mesmo período de 2010 e exerceu o principal impacto, com participação de 57% na formação da taxa do varejo. Além da queda nos preços dos eletrodomésticos, o resultado foi puxado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento.
A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com elevação de 1,9% no volume de vendas, na mesma base de comparação, representou o segundo maior impacto na formação da taxa (15%), influenciada pelo o aumento do poder de compra da população, com o crescimento da massa salarial. A terceira maior participação (12%) ficou por conta de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com expansão de 11,7% no período.
Apenas o setor de combustíveis e lubrificantes teve resultado negativo (-2,1%) nesse tipo de comparação.
Na passagem de abril para maio, houve expansão em seis das oito atividades do setor varejista, principalmente equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,6%); tecidos, vestuário e calçados (2,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%).
Rio de Janeiro - O resultado da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que, apesar das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para reduzir o consumo no país, alguns setores têm encontrado fôlego e continuam em expansão. A avaliação é do gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira. Segundo ele, a queda nos preços de determinados produtos é o principal fator que explica o movimento.
Na comparação com abril, o volume de vendas em maio subiu 0,6%, apontando uma recuperação da leve queda de 0,2% no mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2010, houve aumento de 6,2%.
De acordo com Pereira, dois setores muito influenciados pelo crédito e alvo das medidas macroprudenciais do governo, o de eletroeletrônicos e o de automóveis, apresentaram em maio variação de volume de vendas bem considerável. Para ele, a causa é o preço dos produtos. “O preço vem atraindo os consumidores. Mesmo quando se tem que pagar um imposto maior, ou uma taxa de juros maior, o preço é o grande chamariz e está fazendo com que os consumidores comprem mais.”
Enquanto a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, acumulou alta de 6,55% nos últimos 12 meses encerrados em maio, os eletrodomésticos tiveram queda de 6,3% e os veículos, de 3,5% no mesmo período, destacou Pereira.
“As montadoras estão numa concorrência muito grande, jogando os preços para baixo, o que aumenta a demanda. O dólar mais baixo também torna a montagem de eletroeletrônicos no Brasil mais barata e puxa a concorrência”, acrescentou o gerente do IBGE.
Ele ressaltou que, embora o resultado de maio revele um “panorama bom”, segue em patamar inferior ao do ano passado, já que a perspectiva para 2011 é de crescimento econômico “mais moderado”. As vendas tiveram alta de 6,2% em maio deste ano na comparação com maio de 2010. No mesmo período do ano passado, em relação ao ano anterior, o aumento havia sido de 10,2%.
Em maio deste ano, o volume de vendas nos setores de móveis e eletrodomésticos aumentou 20,4% em comparação com o resultado do mesmo período de 2010 e exerceu o principal impacto, com participação de 57% na formação da taxa do varejo. Além da queda nos preços dos eletrodomésticos, o resultado foi puxado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento.
A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com elevação de 1,9% no volume de vendas, na mesma base de comparação, representou o segundo maior impacto na formação da taxa (15%), influenciada pelo o aumento do poder de compra da população, com o crescimento da massa salarial. A terceira maior participação (12%) ficou por conta de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com expansão de 11,7% no período.
Apenas o setor de combustíveis e lubrificantes teve resultado negativo (-2,1%) nesse tipo de comparação.
Na passagem de abril para maio, houve expansão em seis das oito atividades do setor varejista, principalmente equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,6%); tecidos, vestuário e calçados (2,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%).