Mastercard: vendas do varejo crescem 0,9% e têm 1ª alta em 2 anos
As vendas pela internet continuaram a ser destaque no indicador, com crescimento de 20,7% em relação a maio de 2016
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de julho de 2017 às 11h22.
São Paulo - As vendas do varejo brasileiro cresceram 0,9% em maio na comparação com o mesmo mês de 2016, segundo o indicador da operadora de cartões Mastercard.
Já as vendas nos últimos três meses encolheram 0,4% comparadas ao mesmo período do ano passado, registrando, segundo a empresa, um resultado ligeiramente melhor do que o trimestre anterior, quando declinaram 2%.
As vendas pela internet continuaram a ser destaque no indicador, com crescimento de 20,7% em relação a maio de 2016. Setores como supermercados, móveis e eletrodomésticos e vestuário também apresentaram desempenho superior às vendas totais do varejo, informou a Mastercard.
Na avaliação da empresa, o Dia das Mães, segunda data comercial mais importante do varejo brasileiro, ajudou a aumentar as vendas em maio. Na semana anterior à comemoração, houve crescimento de 8,2% sobre o período equivalente do ano passado.
Por regiões, o Sudeste, que representou 60% das vendas totais no mês, foi o único que teve desempenho acima da média, de 1,8%. A região Sul também apresentou crescimento, de 0,6%. Norte, Centro-Oeste e Nordeste, por outro lado, tiveram redução nas vendas, de 2,3%, 1,6% e 0,4%, respectivamente.
O diretor de Pesquisa Econômica da Mastercard Advisors, Kamalesh Rao, afirmou que o ambiente econômico segue desafiador, com a perspectiva de alta do desemprego e, consequentemente, de deterioração da massa salarial.
"Mesmo assim, a confiança do consumidor continuou crescendo em maio em relação ao mês anterior. Nesse contexto, há uma possibilidade de melhora gradativa no comércio varejista do País nos próximos meses", avaliou.
O indicador da Mastercard, chamado SpendingPulse, informa sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo. O dado é baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos Mastercard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.
O levantamento, segundo a empresa, não reflete ou se relaciona com o desempenho operacional e financeiro da MasterCard.