Marina deixou pleito competitivo, diz especialista
"Mas temos que esperar porque o povo brasileiro é bastante emotivo", disse Loyola, sócio da Tendências Consultoria Integrada
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 14h50.
São Paulo - Do ponto de vista do cenário eleitoral, a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e a consequente entrada da ex-senadora Marina Silva na disputa pela Presidência da República elimina a possibilidade de a eleição ser definida no primeiro turno.
A avaliação é do sócio da Tendências Consultoria Integrada e ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola.
"O pleito se tornou muito competitivo", disse Loyola, que participa nesta terça-feira, 26, de evento sobre o setor de varejo em São Paulo. Para ele, a pesquisa de intenção de votos di Ibope que será divulgada hoje, encomendada pelo jornal O Estado der S. Paulo e pela TV Globo, deve mostrar a ex-senadora gabaritada a disputar o segundo turno.
"Mas temos que esperar porque o povo brasileiro é bastante emotivo", disse Loyola, insinuando que muito do crescimento de Marina nas intenções de voto está relacionado à comoção dos eleitores em torno da morte de Campos.
No que diz respeito ao que se espera de cada um dos candidatos, Loyola diz que da presidente Dilma Rousseff se espera a continuidade, já que ela tem sustentado que tudo o que está sendo feito pelo seu governo está correto.
Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, na avaliação de Loyola, é o que está mais disposto a manter o tripé macroeconômico (meta de inflação, câmbio flutuante e meta de superávit primário).
"No caso de Marina, os economistas que estão com ela mostram uma proposta mais próxima à de Aécio, de restaurar o tripé macroeconômico", disse.