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Marcos Lisboa pede demissão do IRB

Restante da diretoria do Instituto de Resseguros do Brasil também coloca cargos à disposição

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.

O vendaval que sacode Brasília chegou ao Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), com o pedido de demissão de seu presidente, Marcos Lisboa. Em uma nota breve à imprensa, de apenas sete linhas, Lisboa considerou "concluído o seu trabalho de aperfeiçoamento da gestão da empresa e modernização das normas de resseguro, que incluiu a autorização para as seguradoras cotarem as operações de resseguro diretamente no exterior".

O restante da diretoria também colocou seus cargos à disposição do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao qual o IRB é subordinado. O comando do instituto também era composto pelo vice-presidente Alberto Pais; pelo diretor financeiro Eduardo Nakao; pelo diretor técnico Cesar Saad; por Vando Cruz, diretor institucional; e pelo diretor de Riscos e Sinistros, Francisco Aldenor.

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Lisboa e sua equipe assumiram o IRB após a renúncia coletiva da antiga diretoria, encabeçada pelo ex-presidente Luiz Appolonio Neto, em junho de 2005. A gestão anterior foi acusada de participar de um esquema de arrecadação de propinas para o PTB, legenda responsável pelas suas nomeações. A crise aberta pelas denúncias culminou em um confronto entre o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Em seus ataques, Jefferson acusou Dirceu de comandar um grande esquema de corrupção que ficou conhecido como "mensalão", no qual parlamentares receberiam uma mesada para votar a favor do partido. As acusações embasaram a instalação da CPI dos Correios e mergulhou o governo em uma crise política que se arrasta até hoje, com o surgimento de denúncias em várias áreas.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, o pedido de demissão de Lisboa ainda não havia chegado ao gabinete. Ainda não há informações sobre quem assumirá o IRB.

Em sua nota à imprensa, Lisboa não mencionou eventuais divergências com Mantega entre os motivos de sua saída, mas os dois chegaram a discordar publicamente em 2003, quando Mantega era ministro do Planejamento e Lisboa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda - cargo que ocupou até 2005.

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